A 14º edição do Rio Mountain Festival (outrora batizado de Festival de Filmes de Montanha do Rio de Janeiro) aconteceu neste último final de semana no bairro carioca de Botafogo no Espaço Estação 1, na cidade do Rio de Janeiro.
O evento mudou de endereço por conta da reforma da sua antiga casa, o Cine Odeon, estar fechado por tempo indeterminado e este espaço, inaugurado em 1926, está ainda na dependência de parcerias e inativado desde junho de 2014.
Com presença maciça de interessados em prestigiar o evento, praticamente todas as sessões do filme estavam com sua lotação completa, tendo inclusive a necessidade de que pessoas que cobriam o evento com credencial de imprensa sentassem no corredor para realizar o trabalho.
Os corredores apertados do Espaço Estação ficaram abarrotados de pessoas em praticamente todas as sessões, que contou com uma novidade: lugares marcados no momento da compra do ingresso.
A organização do evento manteve o padrão já conhecido de outras edições, apesar de realizar um trabalho de divulgação não tão inspirado se comparado a anos anteriores, causando desinformação entre os interessados.
Algumas regras que eram seguidas nos últimos anos do festival como, por exemplo, de não exibir filmes já disponíveis na internet, ou televisão, foi desconsiderada nesta edição de 2014.
A quantidade de dias também foi inchada em relação ao ano passado, sendo 3 dias e um total de 6 sessões com 2 horas em média (12 horas no total), tornando o evento um pouco cansativo a quem estava decidido a prestigiar todas as sessões.
Qualidade dos Filmes
Inegavelmente a qualidade dos filmes na edição 2014 demostraram um crescimento considerável se comparado à edição do ano passado.
Tendo totalidade de produções apresentadas com qualidade HD, vários recursos como filmagens aéreas, drones, efeitos em legendas informativas entre outras perfumarias visuais.
Uma outra característica que marcou o Rio Mountain Festival, e que causou estranheza entre o público presente, foi a duração da maioria dos filmes exibidos os quais continham mais de 25 minutos, o que diminuiu o número de exibições por sessões.
Com relação à diversidade da temática dos filmes foi uma das mais ecléticas já vista na história do Rio Mountain Festival, tendo praticamente cada exibição de um esporte diferente, o que comprovou o amadurecimento de produtores interessados em exibir no evento.
A pouca inscrição de filmes de curta duração , que teve apenas um inscrito, provocou o cancelamento da categoria.
Premiações Inesperadas
O anúncio dos ganhadores foi marcado por premiações consideradas inesperadas e apontou a tendência de um maior interesse do júri especializado por produções de orçamento pomposo apontando que será uma disposição nas futuras edições do evento.
Produções mais intimistas, e que utilizaram crouwdfunding para levantamento de recursos como o “Zé do Pedal” foram preteridas pelo júri especializado, tendo somente reconhecimento pela premiação do público.
A disparidade de opiniões pode ser visto no filme escolhido como preferido do público “Transpatagônia“, filme nacional realizado com recursos limitados se comparado ao vencedor do Júri “Chiedilo a Keinwunder“.
O inesperado continuou a fazer parte dos anúncios também na escolha do júri para melhor filme brasileiro por “Balls Pyramid“, produção multimilionária e que faz parte do acervo de um dos patrocinadores do evento.
O filme “Between Places” entretanto não deixou dúvida na escolha de melhor fotografia, e foi talvez das poucas escolhas do júri que foram consideradas indiscutíveis.
Premiados
Veja a lista abaixo dos premiados de cada categoria
- Vencedor do Concurso Fotográfico: Tom Alves
- Vencedor Melhor Filme: Between Places
- Vencedor de Melhor Fotografia: Between Places
- Vencedor Melhor filme Brasileiro: Balls Pyramid
- Vencedor escolha do público: Transpatagônia
- Vencedor Melhor Filme de Montanhismo e Escalada : Chiedilo a Keinwunder
