Revista científica conclui que cérebro de Alex Honnold “não sente medo”

No último final de semana o americano Alex Honnold realizou uma escalada em solo no El Capitán. O feito é considerado icônico na história do esporte. A escalada em estilo solo, no qual não há uso de nenhum equipamento de proteção (cadeirinha, corda, mosquetão, costuras, etc), um eventual erro ocasionará a morte do escalador. Todo escalador, que utiliza os equipamentos de segurança, sabe que o medo faz parte do esporte, alguns sentindo mais e outros menos.

Por esta razão é que o feito de Alex Honnold, que escalou uma via tradicional de 30 enfiadas e cotada em 9a, em termo gerais “não sente medo como as demais pessoas do mundo”. No universo científico não é necessário apenas uma afirmação, mas obter provas para a sustentação de qualquer hipótese. Por isso um grupo de pesquisadores científicos se dedicaram a estudar o cérebro de Alex Honnold. O resultado foi publicado em uma revista científica no ano passado.

Foto: Jane Joseph | http://nautil.us/

A revista científica Nautilus publicou um extenso artigo sobre um estudo neurológico realizado no cérebro de Alex Honnold. Algumas conclusões interessantes foram obtidas sobre como é a relação do escalador e os medos que sente.

Com uma abordagem diferente, a revista Nautilus procura a cada mês explorar um assunto em específico visto pela perspectiva científica. Na edição 39, de agosto do ano passado, totalmente dedicada ao esporte, havia um artigo assinado por J.B. MacKinnon com o título “O estranho cérebro do escalador em solo”.

Foto: http://nautil.us/

Primeiramente havia a hipótese de que a amígdala cerebelosa do escalador poderia estar danificada ou até mesmo nem existir. Esta região do cérebro faz parte do sistema límbico e é um importante centro regulador do comportamento sexual, do comportamento agressivo, respostas emocionais e da reatividade a estímulos biologicamente relevantes. Olhando as imagens geradas por um aparelho que media suas reações cerebrais a resposta de sua amígdala cerebelosa era praticamente inexistente, se comparada a outra pessoa.

O artigo profetiza sobre a maneira que o cérebro do escalador funciona e que a busca de sensações e experiência, além de outros aspectos, é muito diferente dos demais seres humanos. A principal conclusão é que o cérebro de Alex Honnold é um desafio difícil para qualquer cientista.

Para ler o artigo cientifico na integra: http://nautil.us

Comente agora direto conosco

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.