A International Federation of Sport Climbing (IFSC), órgão internacional que rege a escalada esportiva competitiva, divulgou nesta semana as regras para os eventos competitivos de 2019. O documento está disponível no site do IFSC gratuitamente. Este ano está sendo considerado muito importante para o órgão, pois acontecerão os principais eventos classificatórios para as Olimpíadas de 2020. Os principais candidatos a irem para Tóquio já estão treinando desde o anúncio no Rio de Janeiro.
Nas regras, uma que chamou a atenção, mas que também criou um pouco de polêmica, foi a do boulder. O IFSC aumentou o número de classificados para as finais. Dos anteriores seis, agora serão oito atletas. Entretanto, por causa de tempo de televisão, serão apenas três linhas de boulder disponíveis para que os atletas possam ganhar a competição. Anteriormente os seis atletas classificados disputavam cinco linhas.
Desta maneira o IFSC consegue limitar o tempo de competição das finais em 90 minutos, uma duração bastante atrativa para as emissoras de TV e streaming.
Assim, os route setters (responsáveis por elaborar as linhas de boulder) estarão mais pressionados ao elaborar os desafios aos escaladores. Desta maneira, ao menos na prática, o escalador que conseguir escalar tudo à vista terá mais chance de sagrar-se vencedor.
Como a competição de boulder é realizada logo após as provas de velocidade, conforme foi organizado nos Jogos Olímpicos da Juventude, os primeiros a competir terão a vantagem de utilizar agarras mais limpas e com melhor fricção. Em contrapartida, as provas de vias guiadas tornam-se assim o fiel da balança para determinar os vencedores.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.