Qual é a real função dos objetos que possuímos?

Esta é pergunta pode ser diferente, mas tem significado. E se você não sabe a função de seus objetos, então, está comprando errado. Confira mais a seguir.

Qual é a real função dos objetos que possuímos?

Pegue como exemplo uma jaqueta. Para que serve?

Em geral, para nos manter aquecidos, certo? Agora pegue uma da Adidas ou Patagonia. Muda alguma coisa? Por serem marcas de qualidade, não devem ser tão diferentes seus materiais. Salvo a supremacia da Patagonia no que tange sustentabilidade.

Se o material é semelhante e o preço tende a ser também, o que muda? A imagem da marca. Sem dúvidas, quando se compra um ou outro, você dá um sinal para o mundo, um sinal para as pessoas que o veem a primeira vista.

Na verdade, esta não é a única coisa importante, pois mais do que isso, quando você compra um produto sustentável, significa que você apoia um movimento mais sustentável, que você quer um mundo melhor.

Seu status social é afetado pelos julgamentos que os outros fazem das pessoas que usam determinada marca. Em alguns grupos sociais, seu status é elevado em virtude de usar aquele produto e em outros grupos pode ser diminuído.

Não entenda errado este tema, pois pode ser fácil entrar na parte financeira e como é difícil, inclusive para os brasileiros e sua moeda defasada, comprar peças da Patagonia ou outra que apoie a sustentabilidade do meio ambiente. Porém, a verdade é que cada marca, cada produto, representa uma cultura. São objetos culturais e expressam significado além de seu propósito utilitário.

O uso de objetos culturais

Pode parecer uma propaganda para a Patagonia, mas, acredite, não é!

Quando você analisa a ideia e valores da marca, o que ela te apresenta? Uma empresa que busca constantemente construir o melhor produto (durável/reutilizável), que não cause danos desnecessários, usando os negócios para proteger a natureza.

Diante disso, você compraria um produto da empresa? Uma pessoa que se preocupa com o mundo certamente sim. Novamente, não é um ataque a quem pensa contrário. Apenas uma reflexão, pois quer queira, quer não, todas as marcas são objetos culturais que simbolizam algo.

Dentro disso, você pode perguntar “e quem quer, mas não tem bala na agulha para tal?” Nesse sentido, enquanto não tem condições de consumir as melhores opções, procure as menos contrárias aos seus ideais. Repare que se você prefere algo mais tóxico para o mundo, não proibi isso na última frase.

Contudo, lembre-se disto: a escolha é sua, mas o mundo é mais do que seu. É de todos que habitam nele e dos que virão… os meus, os teus, os nossos. Por fim, fica aqui uma reflexão em forma de mensagem originalmente dita pelo 1,001 funções, mas, acima de tudo, filósofo francês, Sartre.

A totalidade de minhas posses reflete a totalidade de meu ser. Eu sou o que tenho.Jean-Paul Sartre, filósofo e ativista político francês.

Foto destaque: Mark Broadhead /Unsplash

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