A escalada como esporte está crescendo. A visibilidade que a Olimpíada trouxe para a escalada provocou uma corrida das pessoas para conhecer mais sobre a modalidade. Mais e mais pessoas começaram a praticar e, inevitavelmente, sem muita instrução especializada.
Uma boa parte dos ginásios (ou academias) de escalada apostam na distribuição de monitores para prevenir o acontecimento de acidentes. Mas por mais que uma academia confie em seus monitores, não existe como eliminar o fator imprudência e imperícia do ser humano.
Em outras palavras: Acidentes acontecem. Quando um acidente acontece em uma academia é necessário, antes de começar acusações, é entender as causas e, se possível, saber como poderia ser prevenido. Em uma sociedade em que todos sabem de suas responsabilidades, é assim que funciona.
Existe ginásio 100% seguro?
A escalada é um esporte de risco. Portanto, existem muitas variáveis e oportunidades para erros humanos. São exatamente estes erros humanos a causa da grande maioria dos acidentes.
Quando pensarmos qualquer erro humano, temos que ter em mente o seguinte: Todo mundo erra. Os erros geralmente são resultados de circunstâncias além do controle das pessoas que os cometem. Portanto, todo ser humano está sujeito a cometer erros, pois sua natureza e comportamento nem sempre são contínuos e racionais.
Mas existem dois tipos de pessoas quando acontece um erro: aquela que se omite (terceirizando a culpa) e a que procura aprender para não mais cometê-los. Há ainda quem aprende com os erros dos outros.
As pessoas que se omitem de seus próprios erros sempre procuram culpar os outros. Se alguém noticia, diz que é falso. Se é publicado, alega “fake news”. Sempre há alguém a quem culpar. São estas pessoas que sempre varrem para debaixo do tapete os erros.
Mas uma coisa é fato: acidentes SEMPRE acontecem nos ginásios (ou academias) de escalada. Cabe aos administradores minimizar as ocorrências e identificar o que deve ser melhorado.
Entorse
Em qualquer esporte, a entorse é quase que uma companheira corriqueira do atleta. tornozelo, joelho, pulso, ombro, etc. Todas estas entorses são comuns em qualquer esporte. Algumas mais, outras menos. Na escalada não poderia ser diferente.
Na prática de boulder este tipo de entorse é a mais comum. Os acidentes que ocasionam entorses acontecem quando os escaladores perdem a noção de onde está o chão. Na linguagem coloquial é o famoso “caiu de qualquer jeito”.
Para prevenir entorses de tornozelo e joelho, é sempre pedir que as pessoas que estiverem praticando boulder façam segurança de corpo.
Fraturas
As fraturas já são ocorrências diretas de acidentes com quedas. Grande parte das fraturas é na prática de escalada em paredes com top rope ou mesmo guiadas. Entretanto, na escalada em boulder também acontece fraturas, especialmente em quedas em cima do pulso.
Como na escalada guiada é necessário conhecer o funcionamento do equipamento, a incidência de acidentes com fratura em tornozelos, pés e braços, é maior. Como prevenir? Oferecendo treinamento adequado aos praticantes.
Além e treinamento adequado, é necessário intenso monitoramento do local, mesmo na área de escaladores experientes. Além disso, faz parte das boas práticas da administração de um ginásio (ou academia) de escalada, realizar workshops e oficinas de segurança para monitores e clientes.
