Primeiro cume no Everest completa 70 anos; um marco na economia nepalesa

Hoje é o Everest Day. O Monte Everest completa 70 anos do primeiro cume. Tenzing Norgay Sherpa e Edmund Hillary foram os primeiros lá em 1953 e desde então muito da região mudou para melhor. Como na época o homem ainda não tinha pisado na Lua, o mais próximo que o ser humano conseguira de sair do planeta Terra aconteceu nesta ascensão. Em suma, relembre alguns cumes históricos e como o Nepal mudou desde 1953 graças a escalada.

Everest completa 70 anos de mudança na economia nepalesa

A saber, desde a conquista em 1953, cerca de mil outros alcançaram o cume do Everest e muitos deles de forma icônica. Primeiro, eram pequenas aldeias agrícolas. Após a conquista, a região se tornou em um centro turístico com hotéis, casas de chá e lojas de equipamentos, aumentando a subsistência das comunidades locais.

Graças ao turismo da escalada, gerações de nepaleses preferem hoje trabalhar com montanhismo do que a agricultura ou o pastoreio de iaques. De certa forma, o salário é muito melhor. Apesar de ser uma profissão com riscos, a renda gira em torno de US$ 10 mil. Só para ilustrar, esta é por vezes a renda anual média do país.

Bom lembrar que a palavra “Sherpa” tornou-se sinônimo de guia de alta altitude, pois eles se tornaram a espinha dorsal da indústria multimilionária, assumindo os riscos de transportar equipamentos, alimentos, consertar cordas e consertar escadas. A título de informação, a região de Khumbu recebe mais de 50.000 caminhantes por ano. Representante de Khumbu, Sherpa Mingma Chhiri disse ao The Japan Times que “é um presente das montanhas e requer um agradecimento ao primeiro cume por abrir esta região ao turismo”.

A importância da escalada no turismo nepalês

Nesse sentido, a primeira escola da região foi construída e um de seus primeiros alunos, Sherpa Ang Tsering, agora é dono de uma empresa de expedição.

É por causa do montanhismo que os jovens sherpas hoje têm ensino superior. Isso trouxe uma onda de prosperidade econômica. Um sherpa agora pode ser médico, engenheiro ou empresário, o que quiser. Isso é muito bom. E se eles quiserem ser montanhistas, eles podem. – disse Sherpa Ang Tsering ao The Japan Times.

Por curiosidade, Sherpa Ang Tsering é neto de Sherpa Tenzing Chogyal, companheiro de Edmund Hillary no primeiro cume do Everest. É graças ao estudo e oportunidades geradas pelo turismo que o neto de Sherpa Tenzing Chogyal se tornou um glaciologista. Da mesma maneira esta ação de 70 anos atrás influencia hoje em mais de 10% de nepaleses empregados no turismo. Com isso, o governo este ano também já arrecadou mais de $5 milhões em taxas de permissão do Everest.

70 anos do primeiro cume no Everest

O homem do vídeo é simplesmente uma lenda do Everest. Reinhold Messner tem dois marcos na montanha. O primeiro foi em escalar o Everest sem oxigênio. Pioneiro nesta categoria, Reinhold realizou a proeza ao lado de Peter Habeler em 1978. Desafiaram a medicina da época que não acreditaram no retorno da dupla.

Do outro lado, e este ainda mais insano, foi quando Messner decidiu escalar o Monte Everest sozinho. Isso mesmo, sem qualquer parceiro de escalada. Até por isso que Reinhold Messner é considerado o maior de todos os tempos quando o assunto é dominar o Everest. Em suma, Reinhold realizou esta segunda façanha sozinho, sem oxigênio suplementar, no estilo alpino em 8 de maio de 1980.

A primeira mulher no topo

De fato, a japonesa Junko Tabei se tornou a primeira mulher a subir no topo do Everest em 1975. Esta foi considerada uma escalada icônica do Everest naquela época, pela maneira como as mulheres eram tratadas na sociedade. Essa abertura de Tabei, deu caminho para mulheres como Wanda Rutkiewicz, entre outras. Na categoria de escalada sem oxigênio suplementar, vale destacar Lydia Bradey, que o fez e mostrou que as mulheres também podem fazer tanto quanto os homens.

Até no inverno?

Sim, era impensável subir o Everest no inverno. Bom, pelo menos até 1980 quando a dupla polonesa Krzystof Wielicki e Leszek Cichy, com sua icônica escalada, desafiou o clima e os críticos para realizar o primeiro cume do Everest no inverno.

Devido às condições meteorológicas imprevisíveis e temperaturas congelantes, as pessoas evitam escalá-lo. No entanto, esta primeira subida no inverno de uma montanha de 8.000 m deu às pessoas a crença de que esses picos altos também poderiam ser escalados no inverno, já que tentativas começaram a ser feitas regularmente em outros picos.

 

Foto destaque: Divulgação/Ananya Bilimale /Unsplash

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