Brasil pode ficar sem serviço de previsão do tempo – Computador responsável chegou ao fim da linha

Você que pratica atividades outdoor responda rápido: qual é a frequência que consulta a previsão do tempo para realizar uma atividade. A previsão do tempo possui um papel importantíssimo no planejamento e logística de esportes de natureza. Mesmo quem mora nas cidades, mas não pratica nenhuma atividade, recorre à previsão do tempo para isso. Até mesmo redes sociais e sistemas operacionais utilizam o serviço.

Mas isso pode ter uma interrupção no Brasil. De acordo com reportagem publicada no jornal Estado de São Paulo, a principal máquina de previsão do tempo existente no Brasil está no fim da vida. Com sete anos de idade, a máquina pertencente ao Centro de Previsão de Tempo e Meteorologia (Cptec) do Inpe e que está localizado no município paulista de Cachoeira Paulista, teve sua “morte” anunciada por responsáveis pela manutenção e por especialista da área. De acordo com os responsáveis do Cptec, sem o funcionamento do computador todo o centro pararia.

Foto: http://klear.com/

Com o Cptec parado, previsões do tempo de todo o Brasil ficariam indisponíveis pois, segundo afirmou o especialista na reportagem no jornal Estado de São Paulo, “Sem a máquina, não temos como gerar as previsões” afirmou Gilvan Sampaio, que é chefe de Operações do centro. O alerta foi feito por conta de um fato corriqueiro em qualquer escritório: o computador esteve quebrado no último domingo, mas somente voltou às funções na última terça-feira. A previsão deste dia foi feita com dados defasados coletados na manhã de domingo.

O computador do Cptec foi adquirido em 2010, custando um valor de R$ 50 milhões. À época o modelo adquirido era considerado das 30 máquinas mais rápidas do mundo, realizando 258 trilhões de cálculos por segundo. Atualmente, baseando-se no seu poder de processamento, não chega sequer entre os 500 mais rápidos.

Ainda não há previsão de compra de uma nova máquina, mas mesmo que se tome a decisão de adquirir um novo modelo, o processo de compra demorará aproximadamente dois anos, pois a licitação é internacional. Gilvan Sampaio declarou à reportagem do jornal Estado de São Paulo que “Desde 2014 estamos solicitando recursos para comprar uma máquina nova, sem sucesso”. O custo estimado é de R$ 120 milhões.

A data limite para arrecadação de fundos para expira em 8 de dezembro próximo, à espera de parecer da Consultoria Jurídica da União para poder contratar o serviço de substituição dos processadores e garantir uma sobrevida do computador.

Mais detalhes: http://ciencia.estadao.com.br

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