Ninguém gosta de fracassar. Claramente não existe gosto pelo fracasso e talvez por isso as pessoas procuram a todo tempo “terceirizar” a culpa do próprio fracasso. Ficar sem sucesso em qualquer coisa, especialmente em um projeto que se preocupou intensamente, é um dos piores tipos de dor na alma que existe. Mesmo que a derrota possa ser traumatizante (na verdade todas são), o fracasso é um dos trampolins mais valiosos para o desenvolvimento da grandeza em si mesmo.
Como assim? Para pessoas maduras e determinadas, o fracasso é que gera o sucesso. A partir das cinzas que sobraram do fracasso é que se constrói o alicerce para as vitórias. Sim, qualquer pessoa precisa perder para ganhar. Pergunte a quem frequentemente está colhendo vitórias em qualquer área ou disciplina: escalada, montanhismo, profissão, família, etc. Para esta pessoa, seguramente, quando conversar com ela, escutará que sua maior vitória só se materializou após a pior derrota. A fome implacável de sucesso sempre ganha vida em momentos de fracasso, derrota e perda. Acredite, o fracasso é o pai da determinação.
A determinação incansável de vencer vem do sofrimento daquela sensação ruim de fracasso e da decisão em si mesmo em que a partir de agora, o fracasso não é mais uma opção. Portanto, para alcançar seu maior nível de sucesso, primeiro precisa atingir o fundo do poço. Não importa a área, a falha te obriga a ser criativo. Lembre-se que o que mais aprender no fracasso, será sobre você mesmo. Essa análise fará modificar o que precisa dentro de você para atingir o sucesso.
Pois é no fracasso que paramos de escutar as vozes dos imbecis que possuem como argumento escrever “kkkk” em redes sociais, e nos concentramos no mais importante e usamos o que temos de melhor: a determinação.
O fracasso sempre entra em nossa vida com o objetivo de revelar nosso caráter e revelar qualidades e defeitos em nós mesmos, os quais nunca poderíamos descobrir de outra maneira. Sim, porque tudo é lindo nos bons tempos. Todos os falsos amigos batem palmas, todos os inimigos somem, todos somente falam elogios e, principalmente, mentem a você porque a realidade parece sumir diante da neblina de falsidade. Mas os bons tempos não mostram quem você é. São os tempos difíceis fazem você amadurecer e crescer.
Os bons tempos não mostram como você é resiliente, determinado (a), determinado (a), criativo (a), engenhoso (a), motivado (a) e inteligente. Nos bons tempos, qualquer uma destas qualidades não são exigidas, pois está vivendo dentro da sua zona de conforto. Somente falha pode fazer o melhor de você aparecer.
Portanto, determinação incansável, fome inabalável pelo sucesso, criatividade imparável e o conhecimento recém-descoberto de seu verdadeiro caráter valem mais do que a dor de sobreviver ao fracasso. Mesmo que esteja no pior fracasso de sua vida, seu maior sucesso estará à sua frente em algum momento do seu futuro. Porque o vitorioso está sempre buscando a vitória e o fracassado de sempre está postando suas críticas vazias e sem embasamento nas redes sociais e grupos de conversas.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.