Após um dia em, saímos por uma grande subida de 20 km, um ganho de altitude de mais ou menos 2 mil metros, com demora de até 6h. E o Norte da Califórnia se mostrou assim: vários canyons, subidas o tempo todo! Para completar, no meio delas não conseguimos sinal de celular por um bom tempo.
Todos os dias víamos o nascer e o pôr do sol. A trilha estava totalmente seca. Paramos em algumas partes e nos deparamos até com água vulcânica. Além disso, vimos muitas flores silvestres, e os mosquitos aos poucos começaram a aparecer, em meio ao verde predominando no ambiente.
Chegamos à cidade de Burney. Durante a caminhada, considerando que a terra estava seca, chegávamos ao fim do dia com as pernas sujas de crostas escuras. Para conseguirmos entrar no saco de dormir, era preciso parar nos lagos no caminho para nos lavarmos.
As estrelas começaram a ficar totalmente psicodélicas, pois dormimos no alto do morro, onde não há luz nenhuma.
A missão vai aumentando: precisamos fazer 150 milhas em cinco dias, o que dá mais ou menos 260 km entre uma cidade e outra, para chegar, tomar banho e conseguir comida. Passamos a viajar também à noite. Após o jantar, todos os dias fazemos cerca de 10 milhas sob a lua cheia iluminando o caminho, sem lanternas.
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Brasiliense de 24 anos é formado em Comércio Exterior pelo Mackenzie. A paixão do atleta pelo trekking começou aos 18 anos, quando ele escalou seu primeiro vulcão, na Bolívia. Desde então, tem enfrentado quilômetros de trilhas em todas as partes do mundo, passando pela América do Sul, Europa e Ásia.