Okjökull: Islândia promove funeral para geleira que “morreu” pelo aquecimento global

Cientistas e ecologias da Islândia estão oficialmente de luto. O motivo é que ontem foi feita uma homenagem à sua primeira geleira desaparecida pelos efeitos do aquecimento global: Okjökull. A geleira já havia sido oficialmente declarada morta em 2014 por não ter volume suficiente para se mover.

Geleira de Okjökull passou de uma área de 38 km² em 1986 para menos de um 1 km² em 2019, com alguns trechos esparsos de gelo fino. A geleira de Okjökull fazia parte do conjunto Langjökull, um dos oito grupos de glaciares da Islândia. A perda de glaciares pode afetar pesadamente todos os aspectos das vidas, de humanos e de animais, na Islândia.

A perda de outros glaciares como Okjökull pode impactar nos recursos aquáticos, infraestrutura e até na elevação do solo, já que ele vai se apoiar em uma massa mais leve de gelo. Segundo um estudo publicado em abril deste ano e preparado pela União Internacional para a Conservação da Natureza, por volta de 2100, aproximadamente metade dos lugares considerados patrimônios mundiais poderem perder os seus glaciares, se medidas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa não fossem tomadas.

Este fenômeno já ameaça um tipo de terreno até então desconhecido de grande parte da população: permafrost. O termo significa na prática o derretimento da camada de subsolo que era permanentemente congelada e que ficam em regiões muito frias ou periglaciais. O permafrost é o tipo de solo encontrado na região do Ártico.

O problema não é apenas o permafrost se desfazendo. Este solo derretido tem liberado também gás metano, qual acelera o aquecimento global, sendo ainda mais nocivo que o CO2.

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