O que é uma coisa esquisita? Por definição é algo fora do normal, do comum e que não se parece com a maioria. Explicar algo esquisito é até mesmo difícil de explicar, pois é algo que não se encontra facilmente. Portanto, esta a melhor definição do “Dry-Tooling”, um estilo de escalada esquisitão.
O dry-tooling é, em termos gerais, escalar em academia ou na rocha, usando equipamentos de escalada em gelo. Traduzindo ao pé da letra é “ferramentas a seco”, e é exatamente isso. O escalador que se dispuser a usar equipamentos como crampon e piquetas para subir “a seco” uma via de escalada em rocha. Há quem treine para isso em academias de escalada, usando os mesmos equipamentos de escalada em gelo.
Mas quem escala dry-tooling? Geralmente quem é escalador em gelo e precisa treinar movimentação e uso dos equipamentos citados. Em geral, são os atletas que treinam para participar de competições em escalada em gelo. Diferentemente do que acontece com a escalada esportiva, que na década passada passou a ser explorada por um parte independente do UIAA, a escalada em gelo ainda é organizada, ainda, pela entidade máxima da escalada e montanhismo no mundo.
O estilo, por mais estranho que seja, já possui equipamentos desenvolvidos especificamente para o esporte. As empresas Petzl, Black Diamond e Krukonogi são as que exploram o esporte.
História
Não há um registro histórico exato de quando começou este tipo de prática. Mas muitos historiadores de montanhismo apontam que foi o alpinista britânico Stevie Haston, enquanto estava na Itália na década de 1990, começou a usar equipamentos de escalada em gelo para vias de escalada em rocha. Paralelamente a isso, o norte-americano Jeff Lowe adotou o estilo, fazendo ascensões em rocha utilizando equipamentos de escalada em gelo.
Como a categoria começou a se popularizar entre os escaladores que tinham habilidade em equipamentos de escalada em gelo, o nome dry-tooling foi consolidado e começaram a até mesmo aparecer competições. A primeira competição de dry-tooling aconteceu no Reino Unido no Scottish Masters to Scottish Tooling Series em 2008. A competição aconteceu até o ano de 2013. A partir de 2014 foi renomeada para British Tooling Series e Scottish Mixed Masters.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.