O movimento na corrida de montanha

Foto:  Inca Trail Runners | http://www.dailycamera.com

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Pensando propriamente no ato correr, pode-se descrever este movimento mecânico humano como uma sucessão de saltos, seguido de fase aérea com“decolagens e pousos sucessivos”, do centro de gravidade, da estabilização dos músculos do abdômen.

Não é raro nas rodas de conversas entrecorredores e treinadores de corrida a observação sobre a postura de corrida dos atletas, se determinada técnica é adequada a um ou mais corredores,na busca do aprimoramento na mecânica de corrida, a fim de se obter uma melhor economia de energia, conforto e leveza para um desempenho eficaz no rendimento esportivo.

Mas, ao invés de se ater somente as ciências, podemos também tirar lições de outros ambientes e adaptar assim uma posição técnica particular que traga conforto, rendimento e postura biomecânica eficiente para sua corrida, que tal pensar em treinos específicos por modalidade e objetivo de provas específicas?

A aplicação de conceitos fechados de treinamento de técnicas de corrida para rua, por exemplo, não pode ser utilizada para as crescentes provas de montanha que estão cada vez mais presentes nos calendario dos corredores.

Foto: http://running.competitor.com

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Com muitos terrenos acidentados, o atleta que migra rápido do asfalto para terra / terreno íngreme se vê em uma situação totalmente diferente das confortáveis corridas no asfalto, pois em muitos casos, a corrida de montanha envolve percursos técnicos, sendo que é mais difícil desenvolver técnicas comuns no asfalto.

Nesse caso, é mais importante observar onde será sua próxima pisada, ou seja, antecipar o olhar para o próximo passo.

Foto: http://running.competitor.com

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Por exemplo, prestar atenção apenas no seu ritmo de corrida, em manter a mesma amplitude de passada no asfalto, você poderá se machucar numa pedra que estava no meio do caminho, se deparar com uma subida íngreme e não ter fôlego suficiente para continuar.

Antes de se aventurar em provas de montanhas ou aventura é valido conversar com um treinador ou profissional de Educação Física especialista na área e marcar com ele treinos em terreno parecido ou próximo ao que irá correr na prova, pois o próprio ambiente com obstáculos variados irá mudar sua maneira de correr nas montanhas, pequenos saltos, mudança brusca de direção e um olhar mais atento metros à frente do corpo podem evitar tropeços e acidentes no dia de uma prova além de se familiarizar com o ambiente imprevisível.

Portanto, os conselhos de não cruzar o braço à frente da linha média do corpo, joelhos flexionados e erguidos para obter mais velocidade podem não ser uma técnica ou ato biomecânico mais apropriado às provas de montanha!

Fiquem atentos a isso e sempre converse com um profissional a respeito.

Bons treinos e provas!

Texto escrito por Eduardo Barbosa – Treinador da 4any1 Assessoria Esportiva

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