As últimas vagas para as competições de escalada esportiva dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (adiadas para o verão de 2021) podem ter um desfecho inesperado. As vagas foram inicialmente atribuídas aos vencedores dos campeonatos continentais da Europa, Ásia, África e Oceania.
No entanto, se o COVID-19 finalmente não permitir que essas competições sejam realizadas, as provas afetadas sairiam do Campeonato Mundial Hachioji 2019. A informação foi dada em comunicado da Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC).
Na última sexta-feira, 2 de outubro, o Conselho de Diretores do IFSC realizou uma reunião extraordinária para discutir a situação em relação aos quatro campeonatos continentais restantes. As provas qualificariam um atleta masculino e feminino de cada continente para os próximos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Como pandemia continua a complicar a organização de eventos em nível internacional e os eventos futuros de competições de escalada estão por um fio, o IFSC se adiantou e já divulgou as regras e os atletas que receberão as vagas de acordo com seu rendimento esportivo.
Diante desta situação, o IFSC decidiu:
- O cronograma do sistema de qualificação aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em abril de 2020 não deve ser modificado.
- Se os eventos classificatórios continentais, de acordo com o sistema de qualificação aprovado pelo COI, não puderem ser realizados após 2020, as vagas restantes deverão ser realocadas através do ranking dos Campeonatos Mundiais realizados em Hachioji (Japão).
- As comissões continentais e os organizadores das provas implantarão todas as medidas e protocolos necessários para garantir a saúde e segurança de todos os atletas, delegações, juízes e equipas envolvidas. Por isso, cada comitê continental deve organizar uma teleconferência com suas respectivas federações para explicar todos os procedimentos e regulamentos que serão colocados em prática.
- O IFSC manterá contato próximo com organizações de teste e autoridades locais para garantir que o país anfitrião não imponha viagens e restrições de acesso que impeçam a participação de qualquer delegação.
Os oito escaladores que poderiam conseguir as vagas são:
- Europa: Jernej Kruder (Eslovênia) e Ievgeniia Kazbekova (Ucrânia)
- África: Calrin Curtis e Rachelle de Charmoy (ambos da África do Sul)
- Ásia: Jongwon Chon e Chaehyun Seo (ambos da Coreia do Sul)
- Oceania: Campbell Harrison e Oceania MacKenzie (ambos da Austrália)
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.