Novo formato combinado da escalada olímpica continua em pauta

O formato anterior da escalada olímpica teve de muitas críticas, mas tinha a vantagem de apresentar ao grande público toda a escalada competitiva com uma única medalha ao COI (Comitê Olímpico Internacional).

Para os Jogos de Paris 2024, a escalada olímpica contará com duas medalhas e a velocidade voltará como uma disciplina à parte. Quanto ao boulder e dificuldade, essas disciplinas ficarão combinadas em um único evento. No entanto, essa novidade ainda segue em pauta. Confira.

Novo formato da escalada olímpica continua em discussão

Foto: NPR

Foto: NPR

A IFSC (Federação Internacional de Escalada Esportiva) divulgou as regras deste novo formato este ano. Dentro disso, terá uma versão final em dezembro para 2024 que qualificará para os Jogos Olímpicos e que se espera que seja pelo menos tão densa e desafiadora para os atletas quanto foi a temporada de 2019.

A primeira das grandes mudanças diz respeito ao sistema de classificação. Passa da multiplicação das classificações das diferentes disciplinas a um sistema de pontos.

Em suma, com apenas duas disciplinas, a redução do risco de igualdade, a ideia de condicionar menos o resultado de um atleta ao rendimento dos outros, bem como a vontade de premiar a versatilidade em vez de especialização, como em Tóquio, onde vencer uma disciplina era quase sinônimo de pódio.

Para o combinado Paris 2024, a IFSC optou por introduzir a noção de pontos, para boulder e dificuldade, onde a questão do equilíbrio torna-se valorizada invés de privilegiar uma disciplina.

Pontuação

Foto: The Japan Times

Foto: The Japan Times

Em síntese, cada uma das duas disciplinas vale, no máximo, 100 pontos. O evento de boulder agora tem quatro boulders valendo no máximo 25 pontos, cada um dividido em duas áreas.

As áreas e topo distribuem os pontos, sabendo que cada tentativa resulta em penalidade. Dessa maneira, quanto mais topos e zonas validar, mais pontos ganha. E quanto mais tentativas fizer, mais pontos perde. Portanto, o equilíbrio na pontuação baseia-se nos pontos que cada zona ganha e em cada tentativa perdida.

A prova de dificuldade acontece em pista única, também agora dividida por zonas. Entre essas zonas haverá intervalos de captura que valem mais ou menos pontos, dependendo de serem colocados no alto da pista. Quanto mais alto for, mais pontos ganhará. O balanceamento acontece no número de zonas, retenções por intervalo e no número de pontos que cada recalque traz de volta.

Qual é o objetivo deste novo sistema?

Foto: Planetmountain

Foto: Planetmountain

Como o boulder e a dificuldade não têm mais uma classificação separada, torna-se essencial equilibrar os pontos dados nas duas disciplinas e Jan Zbranek, levantador do IFSC, explicou a nova ideia.

Como o próprio nome indica, Boulder & Lead, esta disciplina foi criada como um compromisso e seu objetivo não é dar vantagem aos melhores escaladores em uma ou outra disciplina.

O sistema tenta garantir que o atleta com melhor desempenho nos quatro blocos e no percurso de dificuldade seja campeão olímpico. — disse Jan Zbranek.

Enfim, ainda assim, é preciso esperar até o fim deste ano de 2023, pois as regras finais serão estabelecidas apenas na reta final deste ciclo olímpico.

Foto destaque: Divulgação/IFSC Climbing

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