Nova teoria a respeito de George Mallory e Andrew Irvine no cume do Everest é criada

Todo montanhista tem na ponta da língua a resposta para quem pergunta o real motivo de subir uma montanha ou realizar uma escalada: “Porque está lá”. A frase pertence a George Herbert Leigh Mallory.

Junto de Andrew Irvine, George Mallory tentou atingir o topo do Monte Everest (8.848 m) pela face norte, partindo de seu último acampamento, a 8.170 metros, na manhã de 8 de junho e nunca mais foram vistos novamente. Houveram várias teorias ao longo do tempo sobre o que poderia ter acontecido com a dupla. Seu desaparecimento em 1924 se tornou um dos mistérios mais famosos do século XX.

Na época, o público britânico ficou chocado com a perda de Mallory. Nos anos 1930, a piqueta de Irvine foi encontrada a 8.440 metros, e em 1975 um alpinista chinês descobriu um corpo o qual descreveu como sendo o de um inglês. Um tanque de oxigênio da década de 1920 foi encontrado em 1991 e foi considerado, após estudos, que pertencia à dupla. Com essas pistas, uma expedição começou em 1999 para procurar os dois.

O corpo de Mallory foi encontrado a 8.155 metros nesta expedição e foi determinado que havia morrido após uma queda. Andrew Irvine não foi encontrado.

Quase 100 anos após seu desaparecimento, quando e como morreram ainda não foi esclarecido. Uma grave lesão por corda na cintura de Mallory sugere que os dois estavam amarrados quando caíram. Esta é a versão mais aceita sobre a morte dos dois.

A nova hipótese

Uma nova hipótese surgiu de uma série de TV norte-americana intitulada “Lost on Everest”. A série conta que, depois de duas tentativas malsucedidas de subir o Everest sem oxigênio, uma terceira e última tentativa foi organizada e planejada. Foi quando Mallory e Irvine decidiram usar oxigênio suplementar. Entretanto, o equipamento era rudimentar e insatisfatório para o uso em situações extremas. Esta avaliação de precariedade também foi relatada em uma carta enviada por Irvine a seus amigos.

Na época, os cilindros de oxigênio eram considerados quase protótipos, nada comparável às tecnologias dos dias atuais. Segundo Irvine eles não eram confiáveis ​​e decididamente pesados, com 14 kg cada. O oxigênio suplementar era a grande inovação do montanhismo na época.

Andrew Irvine foi educado na Birkenhead School e na Shrewsbury School, onde demonstrou uma perspicácia natural para engenharia, capaz de improvisar correções ou melhorias em quase tudo que era mecânico. Suas habilidades com mecânica foram usadas na Primeira Guerra Mundial, quando criou um equipamento que melhorava o uso da metralhadora em um avião. Além disso, durante o conflito criou também um giroscópio estabilizador para aeronaves.

Já dedicado à escalada e montanhismo, Andrew Irvine teria feito melhorias nos cilindros de oxigênio, de modo a reduzir o peso em 2 kg. Embora Irvine tivesse feito os melhoramentos, ele mesmo não se sentia muito seguro, tanto que escreveu em uma carta enviada à sua família que o tanque de oxigênio não tinha sido fabricado de acordo com suas sugestões de design. “O que nos enviaram é inútil, se você tocar, ele quebra. Certamente perde o contendido e é ridiculamente pesado. Dos 19 cilindros, 15 já estão vazios e 4 devem ter perdido muito oxigênio na viagem desde Calcutá”.

Segundo os roteiristas, esta revelação sugeriria que os dois montanhistas morreram por falta de oxigênio durante a subida ao cume. Provavelmente devido a um tanque defeituoso ou simplesmente meio vazio.

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