Nova medição do IBGE aumenta 1,52 metro do Pico da Neblina

Durante todo o ensino primário, um dos pontos que eram mais exigidos por professores era a de que decorássemos que: “A montanha mais alta do Brasil é o Pico da Neblina”, e às vezes até mesmo o valor de sua altitude.

Porém este valor veio mudando com o passar dos anos, pois as metodologias de medições foram sendo aprimoradas e releituras foram realizadas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está aplicando nova metodologia para mapear todo o território brasileiro, e após realização de medições no Pico da Neblina, este “ganhou” 1,5 metro.

Localizado no estado do Amazonas, mais precisamente na Serra do Imeri, o Pico da Neblina antes, segundo o próprio IBGE, possuía 2.993,78 metros de altitude, mas com a nova medição tem 2.995,30 metros.

Esta nova medição é fruto do projeto MAPGEO2015, que implementa nova metodologia baseada no que a própria instituição chama da “Modelo de Ondulação Geoidal”.

Os Sistemas Globais de Navegação por Satélite – GNSS (na sigla em inglês) revolucionaram as atividades que necessitam de posicionamento, mas a altitude determinada utilizando um receptor GNSS não está relacionada ao nível médio do mar, e sim a um elipsoide de referência com dimensões específicas.

Para contornar esta limitação, e estabelecer valores mais próximos da realidade o projeto MAPGEO2015 foi concebido e produzido conjuntamente pelo IBGE (através da Coordenação de Geodésia – CGED) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – EPUSP

Valores de outras montanhas mudaram

O pico 31 de Março, segunda montanha mais alta do país, também na Serra do Imeri ( fronteira com a Venezuela), também ganhou 1,52 metro a mais após a correção.

As correções divulgadas pelo IBGE para as sete maiores montanhas do Brasil, tiveram correção, mas para baixo.

O Pico da Bandeira (3ª mais alta do Brasil) teve seu valor decrescido de 33 cm, assim como o  Monte Roraima (7ª montanha mais alta do Brasil) “encolheu” 71 cm.