Classificar a importância de um(a) escalador(a) pela dificuldade do grau escalado é parâmetro polêmico. A atitude e postura do(a) escalador(a) diante da comunidade e com o esporte em si, agrega muito mais valor à figura deste(a) atleta do que propriamente o maior grau de dificuldade escalado. Exemplos, claro, não faltam. Exclui-se nestes exemplos de comprometimento, os casos de demagogia explícita em várias situações, as quais geralmente publicadas por mídias não especializadas (para chancelar uma empatia inexistente por parte de quem a pratica). Os políticos e sub-celebridades são especializados neste tipo de ação.
Mas no mês das mulheres, o qual já foram publicadas diversas reportagens especiais sobre a situação atual das mulheres nos esportes, na vida profissional e na política, vale também lembrar de quais são as escaladoras esportivas mais fortes da atualidade. Entenda por “forte”, o seu desempenho atlético e não necessariamente sua psique diante das dificuldades enfrentadas diante de um mundo notadamente machista (incluindo o universo da escalada e montanhismo nisso).
Com tanto destaque dado a escaladores como Alex Honnold (que protagonizou um filme ganhador do Oscar) e Adam Ondra (considerado um dos maiores escaladores esportivos de todos os tempos), é necessário também saber acompanhar quem são as mulheres que estão fazendo história na escalada esportiva.
Para isso, foi necessário uma pesquisa em extenso banco de dados para elaborar quais são os nomes a serem considerados. O parâmetro para a lista abaixo foi o 9a francês (11c brasileiro), por isso muitos nomes, principalmente de latino-americanas, acabaram ficando de fora da lista abaixo (apesar de existir uma menção honrosa às latino-americanas que merecem destaque).
Nome | Nacionalidade | Grau escalado | Quantidades vias 8c+/9a ou superior |
Angela Eiter | Áustria | 9b | 3 |
Margo Hayes | EUA | 9a+ | 3 |
Anak Verhoeven | Bélgica | 9a/9a+ | 8 |
Josune Bereziartu | Espanha | 9a/9a+ | 4 |
Ashima Shiraishi | EUA | 9a/9a+ | 2 |
Laura Rogora | Itália | 9a | 5 |
Julia Chanourdie | França | 9a | 4 |
Mar Alvarez | Espanha | 8c+/9a | 3 |
Alizée Dufraisse | França | 9a | 2 |
Janja Garnbret | Eslovênia | 9a | 2 |
Muriel Sarkany | Bélgica | 9a | 2 |
Barbara Zangerl | Áustria | 9a | 1 |
Charlotte Durif | França | 9a | 1 |
Katherine Choong | Suíça | 9a | 1 |
Kinga Ociepka-Grzegulska | Polônia | 9a | 1 |
Mina Markovic | Eslovênia | 9a | 1 |
Nika Potapova | Ucrânia | 9a | 1 |
Paige Claassen | EUA | 9a | 1 |
Chaehyeon Seo | Coréia | 8c+/9a | 1 |
Florence Pinet | França | 8c+/9a | 1 |
Manon Hily | França | 8c+/9a | 1 |
Sasha Di Giulian | EUA | 8c+/9a | 1 |
Enquanto isso na América Latina, não há ainda uma escaladora que tenha sequer chegado a 8c francês (11a brasileiro). Muito perto disso está a carioca Luciana Di Franco, que detém o “título” de primeiro 8b francês (10b brasileiro) da história, assim como Bianca Castro.
Assim como as brasileiras, a argentina Cintia Percivatti o fez para a Argentina, mas para a graduação 8b+ Francês (10c brasileiro).

Argentina de nascimento e brasileira de coração, é apaixonada pela Patagônia e Serra da Mantiqueira.
Entusiasta de escalada, trekking e camping.
Tem como formação e profissão designer de produto e desenvolve produtos para esportes de natureza.