Monte Fuji: Montanha ícone do Japão fica sem neve no topo

No último mês de dezembro, o cume do Monte Fuji (3.776 m) mostrou as menores taxas das últimas décadas. A montanha mais alta e emblemática do Japão apresentou assim um aspecto fora do comum, com muito menos neve do que em anos e décadas anteriores.

Embora uma nevasca recorde tenha atingido a costa oeste do Japão no final do ano passado, grande parte da metade oriental do país não experimentou o acúmulo de neve neste inverno. Assim, “mancha” de neve no cume do Monte Fuji, normalmente visível ao longo de dezembro, foi pequena ou até ausente em 2021.

O pico mais alto do Japão recebeu um considerável volume de neve em setembro de 2020, mas ela derreteu rapidamente. De acordo com a revista científica SciTech Daily, o Índice de Diferença de Neve Normalizado (NDSI) e as observações de satélite da NASA indicam que a cobertura de neve na montanha no mês passado estava entre as mais baixas dos últimos 20 anos.

As estações meteorológicas terrestres ao redor do Monte Fuji registraram muito menos precipitação do que o normal em dezembro. “Em 24 de dezembro, era apenas 10 por cento de um ano médio” , disse Toshio Iguchi, um cientista de sensoriamento remoto baseado no Goddard Space Flight Center da NASA.

Os especialistas também descobriram que as temperaturas na área estavam excepcionalmente altas durante as duas primeiras semanas de dezembro de 2020. Perto do final do ano, a montanha finalmente recebeu uma quantidade significativa de neve, mas mesmo o frio típico de janeiro não garantiu a permanência da camada de neve.

Embora as condições climáticas locais sejam fundamentais, os dados de longo prazo indicam que as condições em Monte Fuji estão mudando ao longo do tempo. Um estudo revelou que a linha das árvores da montanha subiu 30 metros (100 pés) nos últimos 40 anos. Provavelmente devido a um aumento de 2°C nas temperaturas de verão perto do cume.

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