A mochila Manta 28 da marca Osprey é voltada para o público que pratica atividades outdoor intensas, como caminhadas e escaladas, e necessita além de carregar os equipamentos ter à mão um sistema de hidratação.
Segundo o seu fabricante, a mochila Manta 28 é para pessoas poli esportivas (escalada, trekking, MTB, trail run, etc) provendo conforto e leveza e um design que favorece movimentos amplos.
A mochila testada possui capacidade de 28 litros e reservatório de água com 3 litros e já vem com capa de chuva integrada, sistema de apoio das costas AirSpeed™. O equipamento também possui estrutura interna de alumínio que deixa a mochila sempre no mesmo formato. Na parte externa também há uma tela para manter a mochila afastada das costas, favorecendo a evaporação do suor.
O teste
A mochila Manta 28 foi testada em uma escalada tradicional da Pedra da Ana Chata, no município de São Bento de Sapucaí. No dia de testes houve tempo firme, com temperatura amena (aproximadamente 24°C) e bastante úmido. Como o tempo estava nublado, a sensação de calor na trilha de aproximação não foi verificada.
Dentro do equipamento havia os itens necessários para uma escalada tradicional: mosquetões e fitas para parada, 10 costuras, corda 60 metros, cadeirinha, capacete, sapatilhas de escalada, grigri e ATC.
Junto a todo equipamento também havia a bolsa de hidratação com 2 litros de água, para consumo durante a aproximação e escalada.
A mochila Manta 28 , durante a escalada, estava com as presilhas do peitoral e cintura fechadas para não atrapalhar nos movimentos de escalada.
O equipamento foi transportado junto a outros equipamentos de camping, dentro de um automóvel e no porta malas. Não houve, portanto, nenhum tratamento especial para o equipamento.
Assim que a atividade finalizou, chegando em casa a mochila foi limpa com pano úmido e deixada para secar em lugar fresco e abrigado do sol.
A mochila Manta 28 também foi testada durante uma semana em atividades urbanas como, por exemplo, ir à academia, carregar equipamentos eletrônicos, corridas em parques municipais e visitas rápidas ao supermercado.
Prós
- Qualidade dos materiais
- Rápida evaporação do suor nas costas
- Não deixa “gosto de plástico” na água armazenada
- Ótima relação peso/volume
- Íman na válvula do reservatório
Contras
- Algumas presilhas apresentam fragilidade
Notas
- Qualidade de material: 5,0
- Acabamentos: 4,5
- Ergonomia: 5,0
- Design: 3,0
- Facilidade de Limpeza: 4,0
- Relação custo x benefício: 3,0
- Nota Final: 4,08
Opinião
A Mochila Manta 28 da Osprey surpreendeu as expectativas durante os testes, muito disso pela qualidade, leveza e eficiência que apresentou. Desde o início, já na preparação da mochila para a escalada, mostrou-se versátil tanto para uso na cidade como em atividade outdoor.
Todos os materiais, fitas, tecido e zíper são de extrema qualidade e mostra ser uma mochila com longa vida útil, apesar de algumas presilhas mostrarem certa fragilidade. Fragilidade esta ter um design que privilegiou o peso do equipamento durante o seu projeto.
Para a minha surpresa, mesmo sendo uma mochila relativamente pequena (28 litros), conseguiu carregar todos os itens de uma escalada, facilitando a própria atividade por isso. A grande quantidade de bolsos facilitou bastante para guardar objetos de valor como eletrônicos, carteira e chaves do automóvel.
Entretanto, o formado da mochila não pareceu o ideal para carregar a corda, causando um certo incômodo na trilha de acesso à via de escalada. Durante alguns trechos foi necessário descansar sem a mochila por causa desta sensação de que alguém puxava a mochila para trás.
O sistema de evaporação do suor foi bastante eficiente, o que facilitou bastante a sensação de conforto sentida durante a escalada. Já sem o peso em seu interior, apenas carregando o tênis e outros itens não utilizados na escalada, a mochila não desequilibrou em nenhum momento. Detalhe que agradou bastante na escalada, sobretudo em passagens delicadas que requeriam equilíbrio do escalador.
A Mochila Manta 28 da Osprey mostrou-se um equipamento de excelente qualidade, ideal para quem procura uma mochila que dure muitos anos e, mesmo assim, sirva para atividades outdoor intensas. O equipamento não é indicado para uma travessia extensa, por possuir uma capacidade pequena, mas para um hiking ou mesmo uma pedalada urbana.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.