Como manter a mobilização (máxima!) psicofísica (veja conceito no texto anterior) até o final da competição?
Para uma resposta objetiva e didaticamente aplicável proponho as seguintes diretrizes
• Competir com alegria
Independentemente da exigência, importância, repercussão, etc. da competição o atleta precisa exercitar (ou descobrir!), no processo de realização de suas tarefas que o esporte é, sobretudo, fonte de alegria e, portanto, ela (a alegria!) tem de ser vivenciada para que o esporte possa ser um valor pessoal – tudo aquilo que é importante para uma pessoa.
• Ter coragem de agir e correr riscos
Observe que na história das conquistas esportivas, atletas só as conseguiram por que tiveram atitude (agiram sem vacilar) e correram riscos com persistência e motivação. Ao lembrar novamente nossos atletas de taekwondo que ganharam ouro na Universiade, eles só conseguiram por que arriscaram golpear os adversários nos momentos críticos da luta, ou seja, eles sabiam que poderiam perder a qualquer instante se falhassem em seus golpes.
• Esperar resultados positivos
Não importa a dificuldade do desafio, o atleta que espera por resultados positivos tende a ficar mobilizado pelo tempo necessário. É claro que para tal é preciso que o atleta tenha autoconsciência de suas reais possibilidades diante o grau de dificuldade do desafio. Em outras palavras: estar preparado!
• Desenvolver a autoconfiança
O desenvolvimento da autoconfiança só é possível basicamente se o atleta usufruir de treinamentos de alta qualidade (qualificação). A autoconfiança sugere o desenvolvimento do espírito de invencibilidade, não uma invencibilidade onipotente e arrogante, mas, sobremaneira na fé de acreditar plenamente em suas próprias forças e persistir mesmo quando as adversidades são grandes. Poderia dizer que o desenvolvimento da autoconfiança é a matéria-prima dos resultados positivos.
Em conclusão, para ratificar tudo o que foi dito, eu faço um desafio ao leitor: relembre todas as suas conquistas pessoais. Principalmente nas mais significativas, aposto um picolé de limão (como diz a Barbara Gancia), que você estava mobilizado até o final da tarefa.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/psicologiadoesporte.htm
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.