Com quase todos os países do mundo aplicando quarentenas à sua população, a prática de esportes outdoor está também proibida. Toda a indústria de esportes outdoor do mundo está sofrendo um impacto sem precedentes na história.
Por ser algo inédito, muitas medidas estão sendo tomadas mais com base em prognósticos do que especificamente em técnicas e táticas de administração. O momento, afirmam os especialistas, é que irá demonstrar quem é um “gerente de planilha” de um verdadeiro líder administrativo.
Por meio de compras on-line, além de consultar veículos que aborda o dia a dia do esporte outdoor, o púbico ainda continua consumindo. Algumas marcas e lojas anunciam promoções a preços atrativos. O futuro, espera-se, não será o apocalipse que alguns afirmam. Mas, sem dúvida, será diferente do que conhecíamos há pouco mais de dois meses atrás.
Salários
O CEO da Columbia Sportswear Company basicamente eliminou seu próprio salário, enquanto os salários regulares continuam a ser distribuídos aos funcionários, incluindo aqueles que trabalham nas lojas de varejo temporariamente fechadas da empresa.
Os cerca de 3.500 funcionários de varejo da Columbia Sportswear recebem seus salários regulares sob um programa de “pagamento catastrófico”. A marca Patagonia afirmou que continuará pagando integralmente os funcionários durante o fechamento.
A Emerald Holding disse que os 23 eventos cancelados até o momento, incluindo o Outdoor Retailer Summer Market, conforme anunciado pela Revista Blog de Escalada, representaram perdas de aproximadamente US$ 116 milhões da receita (valor baseado em arrecadação de 2019). A empresa está buscando ações para compensar o impacto financeiro de eventos cancelados e adiados como resultado do COVID-19.
Em uma mensagem publicada no site da marca, a CEO da Patagonia, Rose Marcario, observa que fechou todas as suas lojas e deixou de receber pedidos on-line.
O CEO Eric Artz anunciou que a REI pagaria a todos os funcionários do varejo e manteria os benefícios até 14 de abril. Porém, também anunciou uma licença não remunerada de 90 dias para a maioria dos funcionários do varejo, a partir de 15 de abril.
Artz disse que perderá 100% de seu salário pelos próximos 6 meses, bem como “toda a minha elegibilidade para incentivos para 2020”. Artz estabeleceu um plano de reabertura gradual que ocorrerá “esperançosamente nos próximos 45 dias”.
Apoio à comunidade
A VF Foundation, organização que administra as maiores empresas de vestuário e calçados do mundo, anunciou uma doação de US$ 1,5 milhão para apoiar as comunidades locais em todo o mundo enquanto respondem à pandemia do COVID-19 .
A fundação e o portfólio de marcas da VF Foundation, que inclui The North Face, Vans, Timberland, entre outras, estão lançando uma campanha comunitária, que incluirá US$ 500.000 adicionais.
A empresa VF Foundation recentemente tirou mais US$ 1 bilhão de sua linha de crédito para driblar os efeitos da quarentena e continuar pagando seus funcionários.
No Brasil
Por possuir uma ambiente diferente dos EUA, especialmente quando se trata de impostos e relacionamento com a comunidade, as empresas brasileiras estão começando atuar no combate ao COVID-19.
Das empresas que anunciaram medidas para enfrentar a crise foram a Solo, Thule e On Running. Para arrecadar dinheiro para compra de monitores médicos para a rede pública de hospitais que irão atender cerca de 121 leitos de UTI. Integrantes da comunidade que participarem irão ganhar vouchers para compra de equipamento das marcas em um sorteio.
As doações devem ser feitas através do sites de financiamento coletivo vakinha.com.br e www.comunitas.org.br.
Outra empresa que buscou realizar algo pela comunidade foi a paranaense Conquista Montanhismo. A empresa, em parceria com uma ONG confeccionou por volta de 600 máscaras com material doado pela parceira.
Marcas internacionais que atuam no Brasil, até o momento, não anunciaram nenhuma medida econômica ou mesmo de apoio à comunidade.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.