Com um rendimento superior no aquecimento, se comparado a jaquetas com forro sintético, as indumentárias com forramento de penas de ganso ainda são o que possuem melhor desempenho.
Com o processo de terceirização de mão de obra (leia-se trabalhadores chineses) em outros países, há uma maior preocupação das marcas em garantir que haja uma sustentabilidade na produção de equipamentos.
Pesando nisso marcas do calibre de Patagonia e The North Face estão iniciando uma campanha, cada qual a seu modo, para que haja uma postura ética não somente delas, mas também da concorrência no momento de fabricar jaquetas e sacos de dormir com forro de penas de ganso.
Em números, o dado impressiona: 70% do mercado de penas de ganso hoje pertence à China, sendo 25% oriunda do leste europeu.
A preocupação é a seguinte: que os gansos não sofram maltrato como forçados a comer para crescimento precoce (através de tubo goela abaixo), nem tenham suas penas arrancadas ainda quando estão vivos sem ao menos que se aproveite a carne.
Parece uma preocupação superficial, mas não é.
Por isso as duas maiores empresas de equipamentos outdoor dos EUA, Patagonia e The North Face, iniciaram um selo de qualidade que garante ao usuário que aquele ferramento possui uma garantia de que não houveram maltrato ao animal.
Outras marcas estão sendo convidadas a entrar na campanha como H&M, Eddie Bauer, Marmot, Mammut, Outdoor Research entre outras, que estão muito perto de assinar o tratado.
Para o selo de qualidade haverá um treinamento destas fazendas criadoras de gansos, para que cada jaqueta o forramento seja rastreado, para a investigação do próprio usuário.
A The North Face batizou seu selo de qualidade de RDS (Responsible Down Standard) e Patagônia de Traceable Down Standard e ambos tem data para estar valendo em alguns anos.
O projeto da Patagonia entretanto é mais rígido, e ambicioso, tendo como objetivo instituir o padrão até 2017.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.