Matt Samet passou quase toda a sua vida escalando, e sua história pessoal se confunde muito com a do próprio esporte.
Durante os anos 90 ele era considerado um dos melhores escaladores do estado americano do Colorado.
Tamanha a sua paixão pelo esporte que se tornou colaborador da revista americana Climbing Magazine, e posteriormente seu editor.
Na mesma época começou a experimentar distúrbios de depressã0 e ansiedade, que o levou a um vício de diversas drogas, em altas doses, especialmente de tranquilizantes à base de Benzodiazepina.
Benzodiazepina é uma droga ansiolítica utilizada como sedativo, hipnótico, relaxante muscular, para amnésia anterógrada e atividade anticonvulsionante.
Todo o seu envolvimento com as drogas, e o inevitável declínio no mundo outdoor foi relatado de modo emocionante no livro “Death Grip: A Climber’s Escape From Benzo Madness”.
Narrado e primeira pessoa, com riqueza de detalhes, e uma tocante história de como a compulsão e uso de drogas pode levar qualquer pessoa ao fundo do poço.
No livro relata ainda sua convivência com as drogas ditas recreativas, outras nem tanto, até acabar por ser usuário e dependente químico de Benzodiazepina.
A motivação para o livro foi uma entrevista dada a uma revista nos EUA em 2010 (mas pessimamente traduzida para o português), o qual o próprio autor considera a semente para a obra, o qual considera mais abrangente, detalhada e completa.
Hoje Matt Samet continua a escalar, considera-se recuperado (mas não curado) e dedica-se a escrever livros de escalada.
Seu livro “Death Grip: A Climber’s Escape From Benzo Madness” é uma obra obrigatória não somente a escaladores que utilizam de substâncias psicotrópicas, mas também a toda e qualquer pessoa que necessite aprender sobre como se esquivar das armadilhas da vida.
Ficha Técnica
- Título: Death Grip: A Climber’s Escape From Benzo Madness
- Autor : Matt Samet
- Edição: 1a.
- Ano: 2013
- Número de páginas: 320
- Editora: St. Martin’s Press
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.