Apesar de considerarmos o gênero de filmes outdoor, com vários festivais ao redor do mundo, não há muitos documentários a respeito de proibição de acessos a lugares de escalada.
No Brasil tivemos o belíssimo, e muito bem executado, “E As Vias da Lapinha?“, produção de escaladores mineiros que até hoje permanece atual.
Porém ao redor do mundo, este tipo de temática é evitada, por vários motivos que não cabe aqui elencar.
O site espanhol “Escalada Sostenible” optou por realizar a produção “Prohibido escalar”, para além de conscientizar todos de seu país, e consequentemente do mundo, sobre a linha tênue entre proibir e controlar a prática do esporte.
Escalada Sostenible é uma organização sem fins lucrativos que se sustenta de doações e apoios dos próprios sócios, assim como da comunidade de escalada.
O documentário “Prohibido escalar” foi realizado no decorrer de um ano e meio, através de viagens por vários locais de escalada, realizando entrevistas com personagens representativos de cada um destes locais com o objetivo de trazer à reflexão sobre o complicado momento que vive a escalada espanhola.
Vítima de várias regulações e proibições, muitas por conflitos meio-ambientais e de propriedades particulares (ou políticos) a entidade não governamental procurou conscientizar a todos do iminente fechamento de setores inteiros, e até mesmo de locais de escalada.
Sem ter o objetivo de divulgar uma mensagem catastrófica a respeito da situação, o filme procura fazer as principais perguntas que devem ser feitas pela comunidade de escaladores nos próximos anos, e funciona também como um convite ao diálogo para que o compromisso de cada um seja o único caminho possível para conservar o patrimônio da escalada na Espanha.
O filme foi financiado por Targobank (banco alemão de varejo pertencente ao grupo francês Crédit Mutuel), e é dirigido por Zaunka e produzido por Escalada Sostenible.