A escaladora italiana Laura Rogora encadenou seu terceiro 9a+ francês (12a brasileiro), a via ‘Terapia d’urto’, e se firma como a escaladora mais forte da atualidade. Rogora está classificada para as Olimpíadas de Tóquio e possui boas chances de chegar ao pódio.
A via encadenada fica em Arco, Itália, e fez com que a italiana se firmasse como a escaladora com mais cadenas em vias esportivas de graduação 9a+, igualando-se à norte-americana Margo Hayes.
Ver essa foto no Instagram
A via encadenada por Laura Rogora foi conquistada por Marco Erspamer a partir de uma combinação de duas vias ‘L’arciere’ e ‘Goosfraba’, ambas graduadas como 8c+ francês (11c brasileiro). Ao todo, a via possui quarenta movimentos e só houve uma única ascensão por Stefano Ghisolfi.
Laura Rogora é a primeira repetição da via desde a primeira ascensão por Ghisolfi.
Laura Rogora e o ‘clube do 9a+ francês’
A referência para a máxima dificuldade feminina continua a ser a austríaca Angela Eiter, que é a única que encadenou duas vias graduadas em 9b francês (12 brasileiro) com ‘La planta de Shiva‘ (Espanha) e ‘Madame Ching’ na Áustria. Eiter também encadenou ‘Queen Anne’s revenge’ graduada como dificuldade 9a+ francês (12a brasileiro).
Até agora, além de Laura Rogora, houve outras quatro escaladoras no mundo que encadenaram uma via de graduação 9a+ francês (12a brasileiro). A norte-americana Margo Hayes foi a primeira, encadenando a via ‘La Rambla’ em Siurana em 2017.
Hayes ainda encadenou ‘Biographie’ (França) e Papichulo (Espanha).
Anak Verhoeven foi a segunda mulher a encadenar um 9a+ francês (12a brasileiro), com ‘Sweet neuf’, em 2017 nas vias ‘Ciudad de dios’ e ‘Ciudad de dios pa la enmienda’ na Espanha. Após longa contusão, no final de 2019 encadenou ‘Joe mama’ um 9a+ francês (12a brasileiro) na Espanha.
A última a entrar nesse ‘clube do 9a+ francês’ foi Julia Chanourdie, que encadenou o 9a+ francês (12a brasileiro) ‘Super crackinette’ na França. Posteriormente Chanourdie encadenou encadenou um 9b francês (12 brasileiro) ‘Eagle 4′.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.