A escaladora italiana Laura Rogora visita o local de escalada italiano chamado Camaiore e encadena seu segundo 8b+ francês (10c brasileiro) à vista de sua carreira e se consolida como a escaladora esportiva mais forte da atualidade. Além de também encadenar no local uma de 8b francês (10b brasileiro) no mesmo estilo e La Terza Età um 9a francês (11c brasileiro).
Não há dúvida de que Laura Rogora é a escaladora mais forte do momento e, portanto, não precisava ganhar uma medalha em Tóquio para provar isso. A escaladora italiana de apenas 20 anos não parou de encadenar vias de nono grau francês desde que voltou do Japão.
Conforme noticiado em primeira mão para a América Latina pela Revista Blog de Escalada, e também destacado no programa semanal Papo de Redação, encadenrou recentemente Erebor via graduada como 9b/b+ francês (12b/12c brasileiro), a via mais difícil da Itália, chegando cada vez mais perto ao grau máximo encadenado pelo gênero masculino e rompendo barreiras e estereótipos.
Rogora passou seus últimos dias escalando no setor San Rocchino, em Camaiore, uma área que, curiosamente, Gabriele Moroni e Lorenzo Bogliacino também visitaram há poucos dias. Rogora voltou para casa encadenando La Terza Età graduada como 9a francês (11c brasileiro), e encadenando à vista No Comment L2 graduada como 8b francês (10b brasileiro) e Obi One Kenobi graduada como 8b+ francês (10c brasileiro).
Vita Lukan se junta ao grupo de mulheres que alcançaram 10c brasileiro à vista
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A escaladora eslovena Vita Lukan encadenou Géminis, via graduada como 8b+ francês (10c brasileiro), à vista, em Rodellar, espamha. Com apenas 21 anos é a última escaladora a ter alcançado o que é até hoje o grau mais alto encadenado por uma mulher à vista.
Com Vita Lukan já existem 10 mulheres que alcançaram 8b+ francês (10c brasileiro) à vista.
“Foi uma grande batalha, não só contra a resistência, mas também contra mim mesmo. Foi difícil manter a calma até o final, em uma linha de 40 metros, onde a mente começou a brincar comigo. Ainda tenho uma relação de amor / ódio com essas vias longas e acidentadas em Rodellar e ainda estou me acostumando a escalar com joelheiras”, explicou Vita Lukan.
Apesar de não escalar muito em rocha, Vita já havia encadenado vias de até 8a+ francês (10a brasileiro) à vista em 2020. Este ano Vita ganhou o Rock Master Festival, dividindo o primeiro lugar com Jessica Pilz. Nas competições, a jovem eslovena em Briançon (França) conquistou sua primeira medalha, de bronze, em uma prova de vias guiadas e, uma Copa do Mundo.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.