O Tribunal de Arbitragem do Esporte decidiu contra os dois recursos da ação da Associação Japonesa de Montanhismo e Escalada (JMSCA) para processar a Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC) sobre a clareza de uma regra de qualificação olímpica.
Como resultado, Miho Nonaka e Kai Harada manterão suas vagas, que estavam sendo consideradas incertas quanto ao seu status. Enquanto isso, em uma nota separada, o Campeonato Asiático do IFSC, programado para acontecer no último fim de semana, foi cancelado porque nenhum país poderia sediar o evento devido à pandemia de COVID-19.
Embora os detalhes mais delicados do processo não são públicos, parece que a regra de cotas da IFSC não foi considerada suficientemente explícita e foi, em última análise, mal interpretada pela JMSCA. Assim a federação japonesa criou uma interpretação particular da regra.
Assim, a JMSCA criou uma estrutura de “pool” de atletas japoneses com base de uma vaga “garantida” aberta à sua escolha após uma competição nacional separada para qualquer número de atletas japoneses que obtiverem uma posição de qualificação olímpica.
Importante lembrar que esta interpretação particular da federação do Japão, prejudicou diversos atletas e impactou diretamente no resultado final, classificando para as olimpíadas atletas que sequer chegaram às finais.
A interpretação japonesa
Após os Campeonatos Mundiais Combinados da IFSC em Hachioji em agosto de 2019, quatro atletas japoneses por sexo alcançaram as classificações de qualificação olímpica, mas devido à cota de dois países, apenas os dois atletas mais bem classificados poderiam se classificar de acordo com as regras do COI.
Os atletas japoneses Akiyo Noguchi e Tomoa Narasaki foram relatados como sendo as primeiras seleções de cota do JMSCA, com base em seus desempenhos no topo da classificação na final combinada (2° e 1° no evento, respectivamente) dentro da equipe japonesa.
De acordo com o anúncio da JMSCA de que apenas um atleta japonês por sexo seria escolhido de Hachioji, foi amplamente divulgado online que a JMSCA estava atrasando a seleção imediata de Miho Nonaka e Kai Harada (os próximos atletas japoneses com melhor classificação em Hachioji).
Em vez disso, os forçou a competir pela segunda vaga confirmada da cota olímpica japonesa em um evento de seleção nacional este ano, ao lado de quaisquer atletas elegíveis com vaga de Toulouse e do agora cancelado Campeonato Asiático.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.