Algumas pessoas são dotadas de tamanha soberba que passam a impressão de que nunca aprendem lições básicas de humildade.
O americano Jason Kruk foi pivô de um episódio triste ocorrido no Cerro Torre na Patagônia: removeu SEM AUTORIZAÇÃO da comunidade de escaladores do local os grampos colocados pelo escalador Cesare Maestri na conquista da via em 1970.
Demonstrando que é um sujeito desprezível está de volta ao local, obviamente fingindo de que nada aconteceu a 2 anos atrás.
O “Centro Andino El Chaltén”, que é responsável por administrar as montanhas do local, distribuiu no local cartazes com a foto do escalador deixando explícito de que ninguém se esqueceu do fato e que ele continua “Persona Non Grata”.
Para os “agraciados” com este título significa que “não são bem vindos”.
No cartaz há ainda um histórico explicando sobre a infração do infrator.
O Centro Andino El Chaltén espera por suas desculpas formais demonstrando arrependimento.
Em sites na internet e redes sociais há inclusive ofertas de recompensa em dinheiro de cerca de ARG$ 1.000,00 para que seja expulso da região enquanto suas desculpas não forem feitas.
Uma penalidade que seria mais que merecida a uma pessoa que, ao que parece, está acostumada a cuspir no rosto de toda uma comunidade de escaladores como na América do Sul fossem todos macacos enquanto Kruk o civilizado.
Entenda o caso
Os escaladores Hayden Kennedy e Jason Kruk escalaram a aresta sudoeste do Cerro Torre sem utilizar os grampos que Cesare Maestri instalou utilizando-se de seu famoso compressor em 1970.
Na descida decidiram desequipar a velha (e criticada) linha arrancando todos os grampos da via.
O ato injustificável despertou a ira de dezenas de escaladores locais, que os ameaçaram de lincha-los, já que haviam muitos outros escaladores que viajaram ao Cerro Torre para subi-lo.
Desde então os meliantes Hayden Kennedy e Jason Kruk acovardado-se por terem cometido o ato.
A dupla de escaladores se pronunciou à época declarando que “libertaram” a montanha e que a mesma pertencia a todos.
Kennedy e Kruk se esqueceram, entretanto, que a montanha pertence à todos, mas quem a mantém, tirando lixo, manutenção de vias, confecção de guias de escalada e até mesmo realizam resgates no local é o “Centro Andino El Chaltén”.
A dupla ignorou, portanto, um acordo realizado pelo mesmo “Centro Andino El Chaltén” em 2007 de manter os grampos no local, após assembleia.
Jason retornou para a Patagônia este ano, e ao que tudo indica acredita que todos esqueceram de seu ato condenável e de sua atitude boçal.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.