A próxima prova classificatória da International Federation of Sport Climbing (IFSC) para a Olimpíada será em 28 de novembro e contará com os 20 melhores classificados no ranking combinado da Copa do Mundo. Logo após a divulgação do ranking muitos veículos contestaram a participação de japoneses no evento. O motivo da contestação é que o Japão, como país sede, já possui uma vaga garantida por gênero (um para homem e outro para mulher), além de ter já classificado dois atletas para as Olimpíadas.
Muita discussão a respeito das regras, que não eram claras no documento disponibilizado pelo IFSC, e isso causou apreensão nos atletas. Especialmente porque a federação japonesa de escalada não tinha anunciado os atletas selecionados para as cotas de país sede.
Dessa maneira, a federação japonesa de escalada aproveitou para divulgar quem serão os atletas indicados para a cota de pais sede: Kai Harada, no masculino, e Miho Nonaka, no feminino. Dessa maneira a lista de atletas que estão aptos para a prova classificatória para a Olimpíada, publicada o dia de ontem em primeira mão pela Revista Blog de Escalada, foi alterada e acabou incluindo vários atletas do continente americano. Todos estes atletas classificados do continente americano são canadenses e norte-americanos e não há nenhum latino-americano.
Na hipótese de todos os norte-americanos e canadenses se classificarem, uma vaga estaria em aberto para os atletas latino-americanos. Analisando os resultados apresentados por todos atletas do continente americano nos últimos dois anos, conclui-se que é uma possibilidade remota.
O melhor latino-americano classificado foi Danny Valencia, do Equador, que ficou em 60º. O brasileiro melhor classificado é César Grosso, que ficou em 64º. A latino-americana melhor classificada é Andrea Rojas, do Equador, que ficou em 38ª. Nenhuma brasileira preencheu os critérios do IFSC para fazer parte do ranking combinado.
Classificados
Homens
- Adam Ondra (República Tcheca)
- YuFei Pan (China)
- Jan Hojer (Alemanha)
- William Bosi (Inglaterra)
- Sascha Lehmann (Suíça)
- Manuel Cornu (França)
- Nicolai Yarilovets (Rússia)
- Jongwon Chon (Coreia do Sul)
- Alberto Ginés López (Espanha)
- Bassa Nawen (França)
- Yanick Flohé (Alemanha)
- Alfian Muhammad (Indonésia)
- Stefano Ghisolfi (Itália)
- Anze Peharc (Eslovênia)
- Nathaniel Coleman (EUA)
- Sean Bailey (EUA)
- Jernej Kruder (Eslovênia)
- Aleksei Rubtsov (Rússia)
- QiXin Zhong (China)
- Marcello Bombardi (Itália)
Mulheres
- Lucka Rakovec (Eslovênia)
- YueTong Zhang (China)
- Fanny Gibert (França)
- Jain Kim (Coreia do Sul)
- Julia Chanourdie (França)
- Mia Krapl (Eslovênia)
- Kyra Condie (EUA)
- Anouck Jaubert (França)
- YiLing Song (China)
- Sol Sa (Coreia do Sul)
- Ashima Shiraishi (EUA)
- Aries Rahayu (Indonésia)
- Levgeniia Kazbekova (Ucrânia)
- Laura Rogora (Itália)
- Alannah Yip (Canadá)
- Elnaz Rekabi (Irã)
- Aleksandra Kalucka (Polônia)
- Margo Hayes (EUA)
- Sandra Lettner (Áustria)
- Iuliia Kaplina (Rússia)
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.