A pandemia de COVID-19 fez na semana passada uma vítima: Superliga Feminina de Vôlei foi cancelada. Ao que parece, a escalada esportiva está indo para o mesmo caminho. Em comunicado à imprensa a Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC) confirmou que maioria das competições e estações de escalada são canceladas até pelo menos setembro.
A Federação Internacional de Escalada Esportiva, juntamente com a Federação Francesa de Montanhismo e Escalada, o Swiss Alpine Club e os organizadores de eventos locais, decidiram adiar oficialmente as competições da Copa do Mundo da IFSC agendadas para julho.
Dependendo de como estejam as principais economias da Europa, a temporada de competições de escalada pode nem acontecer. No Brasil, que possui um calendário magro com poucas provas organizadas pela liga independente que organiza os campeonatos de escalada, provas foram adiadas (sem previsão de volta).
Os três eventos que deveriam ocorrer em julho: Copa do Mundo IFSC em Villars, Suíça (2 a 4 de julho), Chamonix, França (11 a 13 de julho) e Briançon, França (18 a 19 de julho) foram adiados, a princípio para acontecer no outono no hemisfério norte.
O prazo para a decisão sobre as três competições escalada guiada da temporada 2020 do IFSC foi estabelecido em 1º de maio, mas devido às condições atuais causadas pela pandemia, ficou claro que essas três competições não poderiam ser realizadas.
No dia 13 de abril, o presidente francês Emmanuel Macron estendeu a proibição nacional de grandes reuniões públicas até meados de julho. A medida torna inviável a realização das provas em Chamonix e Briançon.
O presidente do IFSC, Marco Scolaris afirmou no comunicado: “Na minha opinião, vejo muitos fãs que iriam participar de nossas competições na Suíça e na França e meu coração está sangrando. Temos que nos comprometer a proteger um ao outro para nos recuperar o mais rápido possível e poder escalar novamente. Dias melhores virão”.
Como ficarão os esportes após a pandemia?
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.