Grupo de trabalho da IFSC apresenta propostas para novo sistema de pontuação de competições

A estreia da escalada esportiva nos Jogos Olímpicos em Toquio 2020 teve uma grande sensação de vitória para quem pratica e gosta do esporte. Porém, para narradores de redes de televisão não acostumados com o esporte, assim como o público leigo, o sistema de pontuação era confuso.

Não foram poucas as pessoas que reclamaram que não entenderam direito o esporte e logo perdeu o interesse. Isso faz com que plataformas de streaming não demonstrassem interesse em transmitir novamente. Isso é péssimo para o modelo de negócio da Federação Internacional de Escalada Esportiva, pois o interesse de mídias pelo esporte é fundamental para ele crescer.

Erros na escolha de narradores ruins, como acontece no Brasil, é um problema fácil de contornar. Desinteresse do público por um esporte que se mostra ‘complicado’ de entender, já é um problema real.

A escalada esportiva será novamente olímpica em Paris 2024, mas desta vez contará com dois conjuntos de medalhas: um na modalidade velocidade e outro no combinado bouldering e vias guiadas. Assim, a IFSC terá que decidir como combinar essas duas disciplinas para que o resultado seja o mais justo e claro possível.

Por si só, a decisão de tornar a escalada esportiva, que possui competições durando no máximo 40 minutos, já é bastante polêmica pois, claramente, não despertou o interesse nas Olimpíadas que se esperava. Talvez essa escolha seja ruim até mesmo para a continuidade da escalada esportiva como Olímpica.

IFSC e sua pontuação confusa e injusta

Para que o resultado seja o mais justo e claro possível, a IFSC criou um grupo de trabalho que transmitiu suas conclusões sob a forma de propostas. Porém as propostas não são particularmente simples e seguem complicando o esporte.

O grupo de trabalho tem procurado um sistema de pontuação que permita, de forma simples, somar a pontuação obtida por cada escalador em bouldering e em dificuldade para obter uma classificação geral. Mas os entusiastas da escalada devem entender como esses pontos são obtidos, já que não terá a ver com posição, mas com desempenho.

No momento, a proposta do grupo de trabalho do IFSC, ainda não é uma decisão final. Portanto a proposta não oficial estabelece que:

  • Haveria quatro linhas de boulder, das quais duas terão uma única zona e os outros dois teriam duas zonas cada. Os escaladores marcariam 25 pontos para as linhas de boulder em que alcançarem o topo. Assim:
    • 0 pontos para quem alcançar zona superior
    • 5 pontos para quem atingir a zona inferior.
  • Em caso de igualdade entre dois escaladores, seria deduzido 0,1 ponto por cada tentativa adicional de chegar ao topo e 0,01 ponto por cada tentativa adicional de chegar às zonas.
  • Escaladores que conseguirem resolver os quatro problemas somarão 100 pontos.

Já para as vias guiadas, os escaladores que encadenarem a via de dificuldade terão pontuação de 100 pontos . A partir daí, os escaladores que não atingirem o topo terão que subtrair pontuações correspondentes às agarras que não conseguiram alcançar:

  • Pontuação alta: 5 pontos para cada uma das últimas quinze agarras
  • Pontuação média: 2 pontos para cada uma das dez agarras (abaixo das agarras de pontuação alta)
  • Pontuação baixa: 1 ponto para cada uma das cinco agarras abaixo das dez (abaixo das agarras de pontuação média)

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