Google e WWF criam nova plataforma para trazer transparência na a indústria da moda

Uma nova parceria entre o Google e o World Wildlife Fund (WWF) da Suécia pode ajudar a indústria da moda a ficar menos suja, aproveitando o poder dos dados e machine learning. De acordo com o Google, a indústria mundial da moda é responsável por 20% da produção de águas residuais e 2 a 8% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo, com potencial para aumentar drasticamente nos próximos anos. Além disso, a indústria da moda também é o segundo maior consumidor mundial de água.

Para que se tenha uma ideia, a indústria da moda (a qual roupas para esportes outdoor está inserida) emite mais carbono do que os voos internacionais e o transporte marítimo combinados. Além desse potencial poluidor, 85% de todos os têxteis vão para o lixão a cada ano.

Muitas dessas fibras são de poliéster, um plástico encontrado em cerca de 60% das peças de vestuário. A produção de poliéster libera duas a três vezes mais emissões de carbono que o algodão, e o poliéster não se decompõe no oceano.

Uma parcela significativa desse desperdício e poluição ocorre no estágio de matérias-primas na produção “onde as cadeias de suprimentos podem ser altamente fragmentadas. Reunir e avaliar dados em escala é um desafio”, segundo comunicado da empresa.

O Google e o WWF querem mudar isso, colaborando em uma nova plataforma análise de dados que permitirá que os tomadores de decisão da indústria da moda obtenham suas matérias-primas com mais responsabilidade. A plataforma rastreará os impactos da produção de algodão e viscose, que representam uma grande porcentagem de resíduos na indústria da moda, bem como o de “inúmeras matérias-primas adicionais”.

O Google confirmou que já está conversando com vários parceiros de marcas de varejo. As empresas interessadas em “experimentar e criar mais essa plataforma” devem entrar em contato com a equipe de sustentabilidade do Google.