“Free Solo” é indicado ao Oscar de melhor documentário de 2018

“Free Solo”, filme dirigido por Elizabeth Chai Vasarhelyi e co-dirigido por Jimmy Chin, acaba de fazer história no gênero ao ser indicado ao Oscar de melhor documentário de 2018. O filme “Free Solo” ainda não tem data para estrear em território brasileiro, mas que deve seguir o rasto das salas que lotaram por completo nas exibições de “The Dawn Wall” (este premiado em Banff no Canadá). Até o momento, raríssimas produções que documentavam a escalada tiveram tanta exposição na mídia não especializada.

O filme foi produzido para a National Geographic, mostra como é a preparação de Honnold para suas escaladas em solo e um retrato do estilo adotado por pouquíssimos escaladores, assim como uma escalada na via “freerider” no El Capitan em Yosemite.

Porém, como todos sabem, a premiação do Oscar, realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, não é uma ciência exata. Muitos críticos de filmes, além de toda a mídia especializada em entretenimento, credita o “mérito” da premiação muito à indústria (leia-se arrecadação e bilheteria) do que propriamente critérios técnicos.

“Free Solo” irá concorrer com os filmes “Hale County This Morning This Evening”, “Minding the Gap”, “Of Fathers and Sons” e “RBG”.

Quem são os concorrentes

“Hale County This Morning This Evening” é um documentário que aborda as motivações, dificuldades e preconceitos que assombram até hoje o Alabama, sul dos Estados Unidos, a partir de acontecimentos diários, como a criação dos filhos e a escolha de uma faculdade na comunidade negra.

Considerada poética e profunda por vários críticos de cinema, é um dos fortes concorrentes do filme de Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin. Montado a partir de 1.300 horas de filmagens ao longo de um período de cinco anos possui 76 minutos considerados “perfeitos”. O filme não foi exibido no Brasil.

Já “Minding the Gap” é um documentário original do canal de streaming Hulu e dirigido por Bing Liu. O filme narra as vidas e amizades de três jovens que crescem em Rockford, Illinois, unidos por seu amor pelo skate.

O filme ganhou o Prêmio do Júri Especial do Documentário dos EUA para o cinema inovador no Festival de Cinema de Sundance. “Minding the Gap” também não foi exibido no Brasil.

“Of Fathers and Sons” também foi premiado no festival de Sundance como melhor documentário internacional. O diretor Talal Derki, de Berlim, passou mais de dois anos na Síria fazendo um documentário sobre uma família jihadista radical. Derki ganhou a confiança de Abu Osama, um dos fundadores da afiliada síria da Al Qaeda.

Críticos especializados, como Ben Kenigsberg do The New York Times, afirmam que o filme é “mais impressionante pelo seu acesso do que pela revelação de impulsos ou crenças”. “Of Fathers and Sons” também não foi exibido no Brasil.

O último concorrente “RBG”, é dirigido e produzido por Betsy West e Julie Cohen e documenta a vida e carreira da advogada Ruth Bader, que fez parte da Suprema Corte dos EUA. Recebeu críticas positivas e arrecadou US $ 14 milhões em todo o mundo.

Foi escolhido pelo National Board of Review como o Melhor Filme Documentário de 2018 e indicado para vários outros prêmios, incluindo o Prêmio BAFTA de Melhor Documentário. “RBG” também não foi exibido no Brasil.

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