A Samuel Goldwyn Films liberou no início do dia de hoje o trailer oficial de “Amundsen The Greatest Expedition”, filme que é inspirado nas aventuras e conquistas de Roald Amundsen, explorador norueguês das regiões polares. Ele foi uma das maiores figuras no campo da exploração polar.
Roald Amundsen foi também a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos Norte e Sul. O filme será centrado na primeira expedição a atingir o Polo Sul e que foi liderada pelo protagonista. Rivalizando com o inglês Robert Falcon Scott implementou uma das maiores derrotas no campo da exploração à Inglaterra.
A data de estreia do filme ainda é indefinida, por conta da pandemia de COVID-19 em todo o mundo.
Quem foi Roald Amundsen
Roald Amundsen
Durante este período de 25 anos, a Antártida tornou-se o objetivo das explorações geográficas e científicas internacionais. Roald Engelbregt Gravning Amundsen foi uma figura chave deste período que ficou conhecido como a Idade Heroica da Exploração Antártica (período de tempo entre o final do século XIX e o início da década de 1920).
Dentre seus feitos mais notáveis está o de ser o primeiro homem a chegar no Polo Sul, o primeiro a fazer uma viagem de navio pela Passagem do Noroeste (via marítima composta por sequência de estreitos no norte da América, acima do Círculo Polar Ártico) e um dos primeiros a cruzar o Ártico por via aérea.
Amundsen e mais quatro membros da expedição, chegaram ao Pólo Sul a 14 de dezembro de 1911, cinco semanas antes do grupo liderado pelo inglês Robert Falcon Scott, da Expedição Terra Nova. Scott morreu quando retornava à base de sua expedição, dois meses depois de atingir o Polo Sul com dois companheiros de expedição numa pequena barraca, num deserto de gelo.
A conquista do Polo Sul
Foto histórica de Roald Amundsen em seu acampamento
A verdadeira investida da expedição ao Polo Sul começou a 20 de outubro de 1911. Anteriormente a esta primeira tentativa, e de maneira obsessiva, Amundsen estudou por oito meses a região. Várias vezes ele havia avançado até 85 graus de latitude, depositando reservas de comida. As temperaturas chegavam aos -50°C graus, como registrou Roald Amundsen em seu diário.
Diz-se ‘verdadeira’ porque durante a primeira incursão foi interrompida em setembro, quando Amundsen e seus quatro melhores homens desistiram por causa das tempestades de neve. Com a chegada do outono Roald Amundsen partiu novamente com seus quatro companheiros, levando quatro trenós e 48 cães.
Cada trenó, que percorreu 150 km, transportava 330 kg de mantimentos e equipamentos. Nos 500 km seguintes, foram rebocados por esquis, sem gastar muita energia. Depois de subirem durante quatro dias uma geleira de 3.200 metros de altura, mataram os 24 cães em pior estado e guardaram a carne para quando retornassem.
Roald Amundsen
No dia 14 de dezembro de 1911, finalmente, desfraldaram a bandeira da Noruega no Polo Sul. Sabendo que Robert Falcon Scott ainda chegaria, elegantemente deixou uma barraca, peças de roupa, alguns instrumentos de orientação e uma carta que dizia ironicamente:
“Prezado senhor comandante Scott, já que tudo indica que o senhor será o próximo a atingir este local, peço que envie esta carta ao rei Haakon VII. Caso possam fazer uso de alguma coisa que deixamos, não hesitem. Espero que o trenó também possa ser útil. Atenciosamente e com os votos de um bom retorno, Roald Amundsen.”
Demorou seis semanas a viagem de Roald ao retorno até a base.
Expedição de Robert Falcon Scott
Robert Falcon Scott chegou cinco semanas depois ao acampamento deixado por Amundsen. Mas o moral do grupo ficou bastante abalado ao saber que não tinham sido os primeiros. Nas suas anotações, Scott culpou o mau tempo pelo ‘fracasso’.
Falcon Scott e seu grupo morreram de frio e de fome. O último dele registro foi feito a 19 de março de 1912, quando estavam a 17 quilômetros de um depósito de comida. Os corpos foram encontrados oito meses depois por uma equipe de resgate. Presume-se que Scott tenha morrido no dia 29 de Março de 1912, ou um dia mais tarde.
O seu último acampamento de Robert Falcon Scott serviu de sepultura. Por cima da barraca foi colocado um monte de neve e uma cruz. Quando a notícia se espalhou pelo mundo, Scott tornou-se um ícone nacional britânico. Nos 12 anos seguintes à expedição, foram construídos mais de 30 monumentos e memoriais no Reino Unido.
A reputação de Scott durou até depois da Segunda Guerra Mundial, para além do 50.º aniversário da sua morte. Biógrafos que tiveram acesso ai seu diário, levantaram suspeitas sobre sua capacidade de liderança e planejamento.
Os livros “Scott’s Men” (1977) de David Thomson e “Scott and Amundsen” de Roland Huntford foram os mais contundentes. Em ambos os livros há definições como “um herói trapalhão”, “planeamento casual e com falhas” e “liderança caracterizada pela falta de antecipação”.
