Um grupo de highliners em fevereiro deste ano divulgaram o trailer de uma travessia entre a fronteira dos EUA e México.O grupo de 11 pessoas, autoproclamadas Highline International Love, estabelecem um highline entre os estados de Chihuaua (México) e Texas (EUA). O motivo? Protestar contra a campanha do presidente norte-americano Donald Trump de construir um muro entre os dois países.
Um dos pilares da campanha presidencial do presidente norte-americano Donald Trump foi a construção de uma “barreira física” na fronteira dos EUA com o México. Por “Barreira física” entenda um muro, muito semelhante ao que existia na Alemanha na cidade de Berlim até a década de 1990.
Com o slogan “Build a wall and make México pay for it” (construir um muro e fazer o México pagar por ele), muitos norte-americanos votaram no multimilionário. Caso seja construído, o muro teria aproximadamente 3.145 km lineares. Uma distância equivalente ao trajeto Aracaju-SE e Porto Alegre-RS. A fronteira dos EUA e México é a 10ª maior fronteira do mundo.
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Mesmo antes da campanha de Donald Trump, já existiam mais de 1.000 km em barreiras físicas implementadas pelos governos Bill Clinton e George W. Bush. A maior parte destas “barreiras físicas” existentes está nos estados da Califórnia, Arizona e Novo México. Construir um muro na totalidade da fronteira representaria, ao menos metaforicamente, o isolamento dos EUA e México.
Um grupo de onze pessoas, cinco norte-americanos (Spencer Matthews, Alina Shamayim, Corbin Kunst, Kylor Melton e Creighton Baird) e seis mexicanos (Jaime Gibran Marrufo, Octavio Garza Rosas, Coatzin González Garza, Luis Flores Guadarrama, Valeria Escudero Flores e Osmar Reyes Perches), estabeleceram um highline a 150 metros de altura e 100 metros de extensão, unindo México com EUA.
O mexicano Jaime Gibran Marrufo inaugurou a linha e a cruzou, sem pisar do outro lado da fronteira e sem quedas. Logo após isso, o norte-americano Cobin Kunst também a caminhou. A linha foi batizada como Highline International Love, com a clara intenção de mandar uma mensagem: “queremos e lutamos pela união das culturas, dos países e do ser humano”.
O filme, batizado de “The Imaginary Line”, foi liberado na íntegra e pode ser assistido no topo do artigo.