Festival de Filmes de Montanha – Dia 3

O terceiro dia do Festival de Filmes de Montanha seguiu com a mesma força dos anteriores. Muitas pessoas querendo conferir a atração principal do filme “Nanga Parbat”, filme sobre Alta Montanha, que retrata uma passagem da vida do escalador Reinhold Messer.

A organização do evento optou por na programação de sábado fazer uma sessão dupla do filme. Ou seja, somente no dia de sábado teria duas sessões de exibição do filme. A escolha provou ser muito sábia, visto que as duas sessões estavam lotadas. Viu-se também houve várias “caravanas” dos estados vizinhos ao Rio de Janeiro para conferir o filme.

O filme “Nanga Parbat” foi premiado no festival de Torino, na Itália. Após a sua exibição fica evidente que mesmo que arrebate muitos prêmios, ainda será pouco tamanha a qualidade do filme apresentada.

Seguindo uma linha mais de filme propriamente dito, e não documental como a maioria dos vídeos exibidos no festival. o filme agrada até mesmo quem não conhece a história do alpinista.

Na realidade, o alpinista Reinhold Messar é italiano, nascido na região do Tirol. Região esta que compreende em o norte da Itália, sudoeste da Áustria e sul da Alemanha. Porém no filme deixa a entender que é considerado alemão até mesmo pela equipe alemã, que foi escalada pelo Nanga Parbat.

Engana-se quem considerar que o filme irá retratar a vida inteira de Reinhold. O filme em realidade há pinceladas da vida dos irmãos Gunter e Reinhold que apaixonados por escalada e totalmente devotos ao alpinismo.

Nos poucos flashbacks utilizados pelos produtores, retrata em como Reinhold era arrojado e destemido quando se tratava de escalada. Por sua destreza em alpinismo, força de vontade e determinação logo se destacou na escalada de Alta Montanha.

Os irmãos já tinham notoriedade quando foram convidados a escalar a ‘Nanga Parbat’ que é a nona montanha mais alta do mundo, com 8 125 m de altitude. A montanha era considerada mito na época por ter tido muitas mortes em várias tentativas de chegar ao topo.

A partir da instalação do time de alpinistas no Campo Base começa a se desenrolar o filme.

No desenrolar do filme fica evidente a preocupação com a reconstituição de roupas, equipamentos e sonhos da época da ascenção do Nanga Parbat em 1970.

Maioria da cenas, como era de se esperar , são carregadas de dramaticidade, porém no ponto certo. Não houve exageros de heroísmo, e mostra até mesmo que a imprudência de quem está muito mais preocupado com a fama do que com a própria vida.

Maioria das tomadas mostra uma fotografia cinematográfica exuberante e com total preocupação em fazer com que quem assistisse fizesse parte do filme também.

Não é exagero nenhum que, de agora em diante em alguma reportagem que pergunte sobre algum filme de escalada, o filme Nanga Parbat servirá de referência.

A exibição de um filme de tão alta qualidade pela organização do Festival de Filmes de Montnaha foi mais que acertada, e que sirva de inspiração para trazer outros filmes de igual qualidade para o Brasil.

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