Festival De Filmes de Montanha – dia 1

O primeiro dia do festival de filmes de montanha foi de encher os olhos de quem não conhece o evento. Tive a oportunidade de chegar mais cedo ao local, e ver , pouco a pouco, todos os participantes chegando. Todo muito felizes, e com grande expectativa, como não poderia deixar de ser.

Apesar da fila do cinema ser muito intimidadora para quem planejava pegar um assento próximo, e ao que me disseram, o cinema teve sua lotação total para a primeira sessão esgotada.

O ponto negativo ficou por parte das pessoas que entraram primeiro e chegaram a guardar várias até uma fileira inteira de lugares para pessoas que ainda estavam para chegar. Ficou evidente que para os próximos eventos, a venda de ingressos já com os lugares marcados eliminaria este espírito de “maraca” de quem levou bolsas e mochilas em excesso para guardar lugares para amigos.

Primeira sessão –

Com uma apresentação muito simpática do organizador do evento, foi apresentado um curta metragem realizado pelos produtores do evento. Visivelmente o apresentador estava nervoso e ansioso para esta exibição com casa cheia. Nesvosismo este de quem leva o filho para a escola pela primeira vez.
O curta exibido conta a história da conquista do Dedo de Deus, que é o fato que marca o início do montanhismo brasileiro. O filme que teve uma reconstituição bem minuciosa, divertida e detalhada dos acontecimentos e personagens da época empolgou o público, especialmente o carioca. Um filme que , na minha opinião, pode ser a semente de outras simulações e reconstituições de fatos da escalada brasileira.

“Adrenalina – Escalada em cascatas congeladas”
Uma reportagem muito bem feita sobre escalada em gelo, especificamente em cascatas congeladas. A reportagem mostrou com muita didatica todos os tópicos desta modalidade de escalada. Pela qualidade das imagens, e pelas entrevistas muito bem elaboradas é desde o início principal favorito ao título de “melhor filme”

“Entre Montanhas e Muriquis”
O Filme retrata uma pesquisa de biólogos sobre uma espécie de macacos (Muriquis) nativa da mata atlântica. O filme é de uma beleza plástica impressionante, e possui relatos emocionantes e até certo ponto dramáticos. É talvez o filme mais poético exibido até o momento no festival, pode não ser forte candidato ao título, mas é sem dúvida obrigatório a sua exibição em todos os locais de escalada e montanhismo devido à sua beleza e simplicidade.

“Fontainbleau”
O filme é uma “climb trip” bem filmada e realizada pelos escaladores Alê Silva e André Berezosky. As filmagens foram feitas nada menos do que em Fountainbleau, considerado por quem entende do assunto o melhor local de boulder do mundo. As filmagens feitas, de maneira bem descontraída passa a impressão de que famos parte da delegação, e há filmagens simples, mas eficientes de cadenas dos boulders. O filme que foi ralizado a certo tempo teve uma remodelagem de sua trilha sonora, que deu um ar mais moderno e exclusivo do filme.

Segunda sessão –

“Rumo ao Nordeste”
O filme de temática de planadores parece ter cido uma escolha equivocada dos organizadores do evento. Os produtores procuraram focar os 59min do filme em partes técnicas de aeroplanagem e “voo de vela”, com números técnicos que não havia nenhuma explicação em nenhum local do que significaram. Não houve uma apresentação do porque estavam fazendo um voô com tão longas distâncias. Todas as filmages foram muito bem realizadas, porém a ausência de uma história e narrativa deixou o filme massante e desgastante.

“O Dia Santo”
O filme , que é um dos mais esperados da noite teve boa aceitação do público, e foi até favorecido pela exibição do filma anterior que não caiu nas graças do público. Os produtores conseguiram colocar eveitos especiais impressionantes para filmes de escaladas brasileiros, com filmagens com câmera de muitos “frames” e efeitos de “fade-in” e “fade-out”. Tecnicamente o filme , até o momento, foi impecável, e em muitas vezes lembrou os filmes produzidos lá fora. A produção somente pecou por não exibir o grau do boulder. Pelos cometários na saída do festival foi o filme que mais agradou o público e mais encheu os olhos de quem esperava algo diferente que somente imagens. Um dos grandes favoritos ao título de melhor filme do público.

“Pedra do Fritz”
O filme, que é uma reportagem da produtora “Casca Grossa” retrata a polêmica conquista da Pedra do Fritz, que houve forte discussão sobre a ética de conquista e etc. O filme também utilizou várias imagens de um outro filme do mesmo tema já exibido no ano passado mesmo no festival. O filme não chegou a empolgar muito o público, até mesmo porque todos estavam um pouco massacrados pela exibição de um filme massante que foi o primeiro da noite. O filme não é favorito ao título, na minha opinião, mas é diversão garantido para quem gosta de filmes de conquista de vias.

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