A Casa de Pedra tornou-se uma grife de ginásio de escalada. Este nome sempre esteve ligado à excelência quando o assunto era escalada esportiva e por muitas vezes este foi o endereço de competições e dos acontecimentos do mundo da escalada esportiva de São Paulo.
O ginásio, que chegou a ter três unidades em São Paulo, Chácara Santo Antônio, Perdizes e Granja Viana agora ficará com uma só, exatamente a menor, localizada na Chácara.
Por email, contactamos Alê Silva, proprietário da Casa de Pedra, que nos informou que o motivo que o levou a fechar a CP de Perdizes. Segundo ele, a escalada está em declinio em São Paulo há mais de 3 anos, o que levou a várias lojas e outros ginásios à falência:
Os campeonatos ficaram raros, os competidores sumiram. Tire pela quantidade de participantes nos brasileiros, se não me engano 6 atletas na última etapa. Infelizmente a Casa de Pedra só manteve as portas abertas até hoje por minha paixão pessoal pela escalada, se fosse tomar a atitude certa e racional, já teria fechado há mais tempo. Porém na atual conjuntura da economia, não tem mais porque segurar a bronca. Não há demanda para uma estrutura daquele tamanho, portanto fecharemos no próximo dia 22. Sem dúvida triste para mim como para todos os escaladores.
O fechamento da CP de Perdizes será certamente um grande golpe à escalada paulista, de onde saíram diversos campeões brasileiros. O municipio já conta com dificuldades para os escaladores, pois as rochas ficam distantes pelo menos 100 Km da capital. Sem ginásios de escalada, o treinamento durante os dias de semana ficarão mais difíceis e certamente muita gente vai parar de escalar.
São Paulo já foi a cidade com mais ginásio de escalada no Brasil, cinco! Isso sem contar os ginásios que existiam nas proximidades, como o Vertical Indoor de Arujá. Agora os paulistanos terão apenas dois ginásios para treinar, a pequena Casa de Pedra da Chácara Santo Antônio e a 90 graus.
Fonte: http://www.altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=868
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.