Fabricante publica vídeo e estudo sobre substância química em cordas de escalada

A marca de equipamentos de escalada e trabalho e altura Edelrid divulgou um vídeo no dia de hoje no qual aborda sobre um dos temas mais polêmicos: substâncias químicas em equipamentos outdoor. Como muitos devem saber, há muitas teorias, algumas comprovadas e outros não, sobe o assunto.

Há que adote uma postura mais radical, afirmando que todo e qualquer produto químico danifica equipamentos como cordas, cordeletes e afins. Entretanto, por meio de estudos, já ficou comprovado que este tipo de suposição é equivocado. Mas como saber quais e como são nocivos?

Como todos sabem, durante o armazenamento, o transporte e o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) para prevenção de quedas podem entrar em contato com substâncias químicas. Durante o transporte em um carro, o EPI pode ficar muito próximo de óleo do motor, baterias sobressalentes ou fluido de freios.

Quando usado em escalada industrial, o contato com substâncias químicas também é um problema, por exemplo, ao limpar equipamentos ou instalações especiais ou ao manusear ferramentas motorizadas ao subir em árvores. Os plásticos são particularmente afetados por danos, pois são muito mais suscetíveis a efeitos químicos do que os metais.

O vídeo

O vídeo, que está disponibilizado no topo deste artigo, é complementado por um artigo (escrito em alemão) disponibilizado pela própria Edelrid.

A Edelrid explica no vídeo que existem basicamente dois efeitos diferentes dos produtos químicos nos têxteis:

  • Efeito físico: Se um elemento químico não reage quimicamente com o plástico, pode, no entanto, levar a uma alteração física em suas propriedades. Isso pode se manifestar, por exemplo, em uma mudança na qualidade da superfície e, portanto, nos valores de atrito, enrijecimento do tecido ou inchaço da área contaminada. As alterações causadas por um efeito físico do meio são reversíveis e geralmente podem ser revertidas lavando o produto químico.
  • Efeito químico: O produto químico reage com o plástico e causa uma reação de degradação ou uma alteração na estrutura molecular. Pode-se imaginar que as moléculas do produto químico se difundem entre os elos da cadeia individuais do plástico e amolecem ou quebram as ligações ali presentes. Se houver um efeito químico entre o plástico e o meio, mesmo pequenas quantidades podem levar a mudanças pronunciadas nas propriedades mecânicas.

Três materiais principais são utilizados para o EPI têxtil: poliamida (PA), poliéster, mais precisamente tereftalato de polietileno (PET) e polietileno de ultra-alto peso molecular (UHMWPE), também conhecido sob o nome comercial Dyneema. Substâncias que alteram as propriedades dos plásticos podem ser divididas em ácidos, bases, solventes, sais e agentes oxidantes.

Ao determinar o pH do produto químico, é possível obter uma avaliação inicial aproximada de possíveis danos. Uma substância com pH 7, que corresponde ao da água, é considerada neutra. Quanto menor o pH, mais ácida é a substância. Quanto maior o pH, mais básica é a substância.

Ácidos e bases fortes, especialmente poliamida, têm um efeito prejudicial.

As relações entre a influência de substâncias químicas no EPI são complexas e não são fáceis de avaliar. Portanto, o contato do EPI com substâncias químicas geralmente deve ser evitado.

Para saber mais sobre o estudo: https://www.edelrid.de

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