Entrevista com Steph Davis

Como prometido no início do mês de Março, reuni três entrevistas com três mulheres escaladoras que são conhecidas por seus feitos extraordinários.

A terceira, e não menos importante, é Steph Davis. Após algumas conversas por e-mail, a escaladora americana concordou em conceder entrevista à Revista Blog de Escalada.

Steph Davis se mostrou acima de tudo ser uma pessoa extremamente “pilhada” e determinada em seus objetivos de escalada e base Jump. Na entrevista ela fala sobre sua paixão sobre Base Jump, seus conhecimentos sobre a escalada brasileira e o que gostaria de fazer ao chegar por aqui.

Para acompanhar seu blog, acesse: http://www.highinfatuation.com/

Hoje você é um dos maiores ícones mundiais da escalada feminina, como se sente a respeito disso?

Um monte de pessoas me envia mensagens para meu blog, e isso me faz sentir como uma verdadeira fonte para as respostas das pessoas e compartilhar elas com todos.

É ótimo encontrar uma conexão com tantos escaladores e “jumpers” (praticante de Base Jump) ao redor do mundo

Quando começou a escalar, você imaginava que você chegaria onde está agora na escalada?

Não, nunca.

Em seu blog, está sempre o atualizando frequentemente, você é uma grande usuária da internet?

Sim, eu amo a internet.

Eu tenho duas páginas no Facebook, uma conta de Twitter, um canal de vimeo e meu blog.

Eu vivo em uma pequena cidade no meio do deserto, e graças à internet posso me comunicar com as pessoas todo o tempo.

Eu seu tempo livre, o que você faz usualmente?

Eu não tenho muito tempo livre, porque estou sempre escalando, saltando de base jump, escrevendo, filmando ou fotografando.

Mas eu adoro cozinhar e ler.

Você está trabalhado em algum grande projeto no momento?

Eu estou trabalhando em uma série de escaladas com base jump nesta temporada, que eu estou por terminar.

Minha ideia era escolher algumas torres do deserto, escalar e saltar delas, para combinar minhas paixões.

Tudo fiz com meu namorado Mario.

A primeira foi a “Sister Superior”, em uma via chamada “Jah Man”. Esta eu solei e saltei de base jump do cume.

A segunda foi “Ancient Art” na “Fisher Towers”, a famosa torre de barro com ascenção em saca rolhas. Eu escale em livre com Mario, e depois nós fizemos um salto em dupla deste bloco.

O terceiro foi uma via na “Hindu Tower”, chamada “Maverick”. Eu “livrei” a via, e fiz mais uma sequencia de duas cordadas para aumentar a dificuldade. Mario jumareou, e novamente saltamos desta torre.

A última foi “King of Pain” em “Indian Creek”, uma via difícil e clássica chamada “Ziji”. Eu escalei em livre e Mario a jumareou. Novamente saltamos de lá.

Temos filmado bastante material de todos estas escaladas com base jump (base climbs) com Keith Ladzinski, e ele está fazendo vídeos sobre todos eles.

Este material será lançado em um mês.

Como você vê o espaço das mulheres em um mundo cheio de homens como a escalada

Eu tenho visto muito mais mulheres escalando hoje do que a 20 anos atrás quando eu comecei.

Você é uma escaladora profissional. Como é a vida de um escalador profissional?

É uma vida ótima.

Há muito mais trabalho do que muitas pessoas, eu acho.

Em vez de ir trabahar e estar terminando em um horário, eu na verdade trabalho todo o tempo.

Eu tenho de estar muito motivada e ser muito disciplinada, porque tudo o que eu faço tenho de criar eu mesma.

Para mim é uma vida ótima.

Como é seu relacionamento com seus patrocinadores?

Eu tenho um relacionamento fantástico com todos os meus patrocinadores que são: prAna, Five Ten, Mammut, Clif Bar, Backcountry.com e MSR.

Eles são maravilhosos para trabalar, e temos grande comunicação. Eles dão muito apoio a mim como pessoa, e me ajudam como escaladora e “jumper”.

Como você escolhe seus projetos de escalada?

Eu escalo e salto de base jump todo o tempo, para me divertir e me manter atualizada a novidades.

Em outra ocasiões eu tenho uma ideia que eu gosto (como fazer “base climbs” em torres), ou alguma escalada em particular que me inspire e então tenho um projeto.

Mas eu apenas espero algo que me atrai.

Eu não tenho projetos todo o tempo.

Mulheres são conhecidas por serem vaidosas. Steph Davis é uma mulher vaidosa?

Não.

Eu tento ter um visual decente, e eu adoro estar limpa também.

Na américa do Sul (como Brasil e Argentina) estamos tendo alguns problemas de acessos à áreas de escalada. Qual seria a sua mensagem para as pessoas que estão trabalhando nisso?

Eu acredito que seria uma boa conversar com as pessoas do “Access Found” dos Estados Unidos, porque eles possuem muita experiência nisso.

Foi muito popular seu vídeo no “episódio perdido” no “First Ascent – the series”. Há algum outro filme com você a ser lançado no futuro?

Eu acabei de filmar com Chuck Fryberger para seu próximo filme chamado “The Scene”

Voce tem alguma dieta especial na sua vida para estar em boa forma? Qual é a sua alimentação normalmente?

Eu sou vegana, e não como açúcar refinado.

Eu também tento evitar farinha de trigo.

No Brasil os escaladores são muito ansiosos para grandes escaladores, como você nos visitar. Você conhece alguma coisa sobre a escalada no Brasil?

Não, mas eu gostaria muito de visitar o Brasil.

Em uma hipotética situação de você visitar o Brasil para escalar, existe algum lugar que gostaria ir?

Eu gostaria ir ao Brasil para poder além de escalar saltar de base Jump.

 

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