Entrevista Alexandre Haigaz – Diretor do Filme “Everest”

Por mais que haja montanhas e vias mais difíceis, ainda o mito prevalece: Everest é o ponto máximo de um escalador de alta montanha.

Não há muitos escaladores desta modalidade que não tem como desejo, ou sonho de consumo, subir à montanha mais alta do mundo.

O escalador brasileiro Carlos Santalena foi destes afortunados que teve a oportunidade de estar lá.

Ele ainda conseguiu uma grande quantidade de imagens filmadas que puderam ser convertidas e editadas para um filme.

Seu filme “Everest” foi selecionado para o Festival de Filmes de Montanha do Rio de Janeiro deste ano, e tudo graças ao trabalho cirúrgico de lapidação de imagens que Alexandre Haigaz realizou.

A Revista Blog de Escalada procurou Alexandre Haigaz para uma conversa sobre o filme e sobre as expectativas para o festival. Acompanhe abaixo.

Alexandre como foi para você a realização do “Everest”?

Alguns meses depois de atingir o cume do Everest, perguntei para Carlos Santalena o que ele havia feito com as imagens captadas na expedição, ele me respondeu que ainda não havia feito nada…

Então pedi todo o material dele e de seus colegas que estavam na montanha e, junto com o editor Rodrigo Sales, montamos um roteiro e começamos o trabalho de seleção de imagens, edição, etc…

Foi um projeto relativamente demorado e delicado, principalmente para o editor, uma vez que as imagens foram captadas sem um roteiro pré definido.

Mas que no final, após realizado, nos proporcionou uma satisfação pessoal bastante grande.

A realização de filmes em Alta Montanha é muito trabalhosa?

Com certeza é, principalmente no quesito “captação de imagens”.

Estamos trabalhando em um ambiente completamente hostil,com altitude elevada, dificuldade de locomoção, frio extremo…

Não é um lugar onde se pode fazer várias tomadas de uma mesma cena.

Mas o visual e as experiências fazem valer a pena.


Como foi receber a notícia de ter sido selecionado para o Festival de Filmes de Montanha do Rio de Janeiro?

Ficamos todos muito felizes!

É sempre uma honra ver seu trabalho valorizado e sendo visto por várias pessoas do meio como montanhistas, escaladores e esportistas ao ar livre.

Qual a sua expectativa com relação a premiação no festival?

Sinceramente não temos a ambição de prêmios.

Para nós, o fato de estarmos exibindo nosso trabalho na Mostra já é uma enorme vitória!

Qual foi o equipamento utilizado para as filmagens e edição do filme?

Nosso filme é super simples, usamos cameras Go Pros HD dos montanhistas.

Após a o festival haverá venda de DVD ou divulgação na internet para quem deseja assistir seu filme?

Estaremos divulgando na internet com certeza.

E o patrocinador Dardak jeans está estudando a ideia de distribuir um DVD do filme junto com uma peça de roupa da marca.

A linha masculina da grife é voltada para o público outdoor.

Quais foram as produções que inspirou você nas suas filmagens?

Nos baseamos bastante nos filmes da marca The North Face.

Existem outros projetos que você esteja planejando ou executando?

A marca Dardak jeans, patrocinadora do filme, conta com uma equipe de atletas outdoor de alta performance como montanhistas, surfistas de ondas grandes, remadores, paraquedistas, base jumpers, entre outros e está com um projeto fazer um filme com cada modalidade.

Estamos juntos.

Existe algum recado que deseja dar a quem irá assistir a seu filme no festival?

Como foi citado, este é um filme simples onde procuramos transmitir as emoções e dificuldades envolvidas numa expedição ao “teto do planeta”.

E a mensagem que o montanhista Carlos Santalena passa no final é de grande valor para todos que almejam conquistar objetivos e evoluir.

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