Crítica do filme “The Network”

bd5689be4a[1]Faz parte do processo evolutivo de qualquer pessoa ou profissional  amadurecer com o tempo.

Cada indivíduo possui seu tempo para isso.

Algumas pessoas tomam mais tempo do que o habitual.

Entretanto é prazeroso ver quando algum profissional evolui e amadurece seu estilo e linguagem.

Este é o caso do produtor Chuck Fryberger autor de “The Scene”, “Core ” e “Pure”.

Filmes estes que priorizavam em demasia imagens contemplativas e não tinha preocupação com a história ou roteiro.

Muito por isso foi considerado uma versão do cineasta “Michael Bay” dos filmes de escalada.13a2f6b739[1]

A constante comparação foi devido ao uso e abuso de cenas de efeito em sua maioria em câmera lenta. e um resultado final que deixava a desejar.

Após um período em que ficou sem divulgar muitas produções Fryberger  meditou sobre seu estilo, e aprendeu a importância de dar uma história às suas produções.

Screen-Shot-2013-05-13-at-11.20.51-AM-620x304[1]O estilo de filmar herdado do marketing era evidente em seu trabalho, e parecia atrapalhar seu modo de dirigir.

Seu novo filme “The Network” lançado mostra que seus tropeços trouxeram também amadurecimento.

A produção que teve alto investimento é um filme entretenido e que agrada várias tribos de escaladores, e, porque não, de admiradores de filmes outdoor.

Focando a rede de contatos entre escaladores espalhados pelo mundo inteiro protagoniza os escaladores Kilian Fischhuber e Anna Stohr passeando por lugares de escalada.network_2[1]

Cada local é escolhido de acordo com a “rede de escaladores” (daí o nome do filme ‘The Network”).

sunset-in-colorado[1]Chuck leva o filme em um ritmo mais lento do que o seu habitual, o que permite a apresentação dos personagens mais adequadamente.

A cada viagem lugares interessantes de escalada são mostrados com boa fotografia, além de apresentar cada ponto da “rede”.

Cada pessoa citada tem o seu devido destaque e sendo assim desfila ao longo do filme um “elenco” de peso como: Dave Graham, Paul Robinson, Daniel Woods, Sean McColl, Ian Dory entre outros.

A história se desenrola naturalmente até a metade da produção quando suas filmagens de escalada voltam ao seu velho estilo Fryberger (contemplação excessiva, closes em demasia e câmera lenta).kilian-fischhuber[1]

Nesta “volta” ao velho estilo o filme perde muito em qualidade e fica próximo de ser uma peça publicitária.

Bancada pela Red Bull, a produção também inova com efeitos especiais gráficos na medida certa e sem exageros.

Ao menos durante a produção a exibição da marca foi bem comedida, ao contrário de outras produções.

Apesar de cenas de escalada longas em demasia o resultado final não é comprometido totalmente por isso, porém chega muito perto.

Alguns “vícios” de publicidade do diretor são explícitos, e podem até mesmo incomodar os mais puristas.

Tendo destaque principal o nítido amadurecimento de Chuck Fryberger , “The Network” mescla dois estilos considerados opostos e obtém um resultado interessante, e que seguramente deve inspirar o público.

Inspiração muito mais por ter documentado uma história, e menos por tentar insistentemente produzir imagens de efeito como o produtor insistia fazer em produções passadas.

Apesar do filme se assemelhar muito a uma peça publicitária longa, a preocupação em documentar uma história merece destaque, relevando os tropeços de roteiro e continuidade.

Nota do Blog de Escalada:

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