Crítica do Filme “One Couch at a Time”

flayerocat[1]Como todo esporte outdoor, ser mochileiro é muito mais que uma prática de turismo.

Ser mochileiro é sem dúvida um estilo de vida e seguramente quem experimenta tem sua vida mudada por completo.

Dentro deste universo há o site “couch surfing” que tem como objetivo principal oferecer um tipo de turismo e imersão cultural para viajantes do mundo inteiro.

A filosofia do site é filosofia é simples: pessoas interessadas em receber visitas de viajantes com orçamento apertado mas um desejo de conhecer a cultura e opiniões de habitantes comuns disponibilizam um sofá, cama ou espaço.

A rede social “couch surfing” assim tornou-e fenômeno mundial.

Inspirada pelas potencialidades e possibilidades das redes sociais a americana Alexandra Liss se inspirou para realizar um documentário que tivesse como foco principal as boas práticas do “couchsurfer” e transmitir todo bem estar e mudanças espirituais pelas quais pode passar uma pessoa que opte por viajar utilizando esta filosofia.tumblr_lqjlohprqj1qgepr5o1_500[1]

Para bancar o seu projeto Liss utilizou o “crowdfunding” Kickstarter.

O filme portanto documenta viagem que Alexandra fez ao redor do mundo em lugares como França , Vietnam, Camboja, África do Sul, Brasil e USA somente com personagens de couchsurfing.

Impressionante ainda foi o valor que gastou para realizar o filme: US$ 7,000.

hqdefault[1]Durante o filme documentava em câmera POV e pontuava dicas e boas práticas para uma experiência bem sucedida e mínimo de gafes.

Soltava ainda suas impressões sobre o país e a personalidade de seus abrigadores.

Os visitados eram escolhidos de acordo com suas conversa através da rede social.

O filme vai se desenrolando então relatando várias pequenas histórias e personagens.

Sempre repetindo o mesmo formato de “chegar-mostrar quarto-despedir” a produção  transmite a forte sensação ser repetitivo.

Por serem pequenas histórias costuradas uma às outras a passa ainda a impressão de ser vários capítulos de uma série sendo transmitidos em sequência.

Pelo estilo despojado adotado seria talvez mais interessante tivesse apostado no formato de websérie,pois relata o mesmo formato de   histórias semelhantes.

Porém como filme de pouco mais de 1:30min derrapa na ausência de aprofundamento de narrações de cada viagem.hqdefault[1]

O filme assim entretém, porém não prende a atenção do espectador.

Com alguns escorregões técnicos de enquadramento ,som e edição o filme é candidato a ser cult para todo e qualquer mochileiro.

“One couch at a time” mostra que existe sim uma legião de viajantes mais “roots”, e algumas histórias fariam os “turistas de mala de rodinhas” ter calafrios.

Por várias locais visitados evidencia que não é um estilo de viagem para “coxinhas”.

Tivesse Alexandra Liss realizado uma construção de roteiro  mais cuidadosa e se preocupado em mais paisagens típicas de cada lugar garantiria uma obra mais consistente e menos repetitiva.

A produção , repito, tem grande potencialidade a ser uma websérie , o que seguramente teria uma audiência fiel além de poder assim explorar melhor a força e potencialidade do que se pode fazer usando as redes sociais.

Nota do Blog de Escalada:

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