EXCLUSIVO: César Grosso fala sobre a China

Em um dia atípico, o qual já conversei com Felipe Camargo sobre seu 11b (o primeiro de um brasileiro) tive a oportunidade de conversar com outra estrela da escalada brasileira: César Grosso.

César Grosso, o Cesinha, figura entre os poucos brasileiros que já encadenaram 11a na história da escalada brasileira. Por algum capricho do destino a via encadenada ainda não havia sido homologada como um 11a, e há divergências até hoje sobre o grau da “Directa Challenger” no Valle Encantado.

Cesinha foi o único brasileiro convidado a participar de um campeonato que se realizou na China.

Abaixo vai a entrevista com o escalador:

1 – Antes de falar de escalada… Você comeu ou não comeu carne de cachorro na china?

Infelizmente não, tenho curiosidade por comidas exóticas, mas em Shanghai a base da alimentação são frutos do mar, não tinha cachorro, cobra ou tartaruga, mas tinha umas coisas esquisita sim

2 – O que tinha de esquisito para comer por lá?

Ovo de pato podre, pé da galinha frito, nas ruas, junto com moscas tinha até testículo de boi na chapa.

3 – Como foi a organização do torneio?

De um modo geral boa, só com alguns detalhes que foram cruciais, como a cobertura do muro

4 – Todos os competidores no masculino eram em número de 18… Porque um número tão reduzido?

Na verdade é difícil algum master passar de 20 escaladores, pois como são convidados, pesa no bolso da organização, são poucos mas “selecionados”, tanto que todos os “masters” são feitos em apenas 2 fases e não 3 como rola normalmente

5 – A dúvida está pairando diante de tantas informações.. VOcê ficou em 6º ou 7º

Em 7°.
Foi a somatória de duas vias, na primeira fiquei em 6° e na segunda via em 10°, isso resultou na sétima colocação no campenato.

6 – Além da competição, teve tempo de conhecer algum local de escalada em rocha por lá?

Não, o local mais proximo tem que pegar um voo de 2h mais 10 de carro

7 – Como eram as vias elaboradas pelos route setters?

O route setter do campenato é um de bouder, portanto tinha uns crux bem “acentuados”, mas bem boas, em geral uma regletera só..o que eu não estava muito acostumado nas últimas 4 semanas

8 – Você pode conversar com seus adversários no isolamento sobre a dificuldade de patrocínios aqui no Brasil?

Sobre isso com eles não…no isolamento a atmosfera é outra, vc não tem familia, amigos ou outra coisa, não ha o que lamentar e só focar na via que te espera. Não digo só por mim, mas nenhum atleta tem ouvidos para nada no isolamento
depois da competição até rola comentar em momentos oportunos, mas nõa quero bancar o chorão pro caras, tenho que chorar pros cartolas das grandes marcas, hehe

9 – Como o público chinês se comportou? Compareceram em massa?

Sim, tinha um grande público e eles são bem fanáticos com acidentais, tiram fotos, autógrafo, etc..
Traducionalmente é um povo bem “frio” mas até que estavam bem animados na torcida. até debaixo de chuva e no melhor local que poderia ser em Shanghai

10 – A temporada de escalada em Rocha(chuvas diminuiram) começou, há planos seus de visitar Sete Lagoas e Serra do Cipó, ou seu foco está em se preparar para o campeonato Brasileiro

Este ano quero escalar mais na rocha, tem muitos novos points e novas vias pra entrar. Este ano quero ir ao rio, sete lagoas, cipó e caxias. Mas o foco não é brasileiro e sim o mundial (COMNPREM RIFAS!!!) Hehe

Uma pergunta extra!! Como anda a venda de suas Rifas??

Bem obrigado! Mas temos que atingir a meta e pra isso não pode cair o ritmo de vendas, eu sou bem otimista e acredito que tudo vai dar certo graças e todos que me apoiam.

Para saber mais notícias de Cesinha acesse: http://cesargrosso.wordpress.com/

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