Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, publicaram um estudo científico que investiga a influência dos estímulos externos, como um passeio na natureza, exerce sobre a saúde mental quando adulto. O estudo intitulado “Residential green space in childhood is associated with lower risk of psychiatric disorders from adolescence into adulthood” está disponível para consulta.
A motivação para este tipo de pesquisa possui um claro motivo: mesmo o inverno na Dinamarca ter três meses no calendário, na realidade a população enfrenta clima frio por aproximadamente 6 meses. Durante estes dias frios, poucas pessoas se atrevem a sair e realizar passeios. Além disso, a Dinamarca possui um índice de suicídio muito elevado. Especula-se que é pelo estilo de vida recluso dos dinamarqueses com pouco contato com a natureza alguns dos motivos.
Para a realização do estudo, os pesquisadores utilizaram dados de um milhão dinamarqueses. Nele, era mandatório que cada entrevistado fosse residente no país. Os pesquisadores quando tinham os dados nas mãos, analisaram tudo: renda, nível educacional, histórico de doença mental na família e quanto de espaço verde cercava cada um dos entrevistados.
Como os pesquisadores tinham um volume de dados grande para trabalhar, eles tentaram controlar fatores socioeconômicos (criança mais ricas, provavelmente têm mais acesso a aérea verde). No entanto, mesmo considerando essas discrepâncias, os pesquisadores descobriram que ser educado com grande contato com a natureza quando criança, significava uma incidência 55% menor de desenvolver problemas de saúde mental quando tornarem-se adultos. O estudo apurou também que quanto mais tempo as crianças passavam na natureza, melhor os resultados de saúde mental.
Os pesquisadores puderam usar dados de satélite, para examinar quanto de espaço verde cercava as residências dos entrevistados. Desta maneira conseguiram observar que crianças que cresceram em áreas cercadas por área verde visível possuem melhores resultados de saúde mental do que adultos.
Para saber mais: https://www.pnas.org

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.