Um estudo encomendado pela Associação Britânica de Muros de Escalada (ABC) indicou que a presença de carbonato de magnésio, o qual é largamente utilizado na escalada, diminui a quantidade de Coronavírus nas agarras de escalada. O estudo foi realizado por uma pequena equipe da Universidade De Montfort, em Leicester (Inglaterra).
O comunicado de imprensa da ABC detalhou a metodologia – “A presença de vírus infeccioso em uma superfície plástica polvilhada com magnésio foi monitorada ao longo de uma hora. Os resultados indicaram que a quantidade de vírus infeccioso foi reduzida em cerca de 99% imediatamente após contato com as superfícies calcárias. Por comparação, o teste de controle onde não havia poeira de giz mostrou apenas um ligeiro declínio no vírus infeccioso durante esses períodos”.
Importante lembrar que foi também foi publicado por veículos de imprensa da Inglaterra e EUA, um estudo que afirma que pessoas contaminadas com o COCID-19 que tocarem, tossirem ou espirrarem próximo a superfícies rochosas, ela ficaria contaminada.
Como em todas as notícias sobre coronavírus e estudos científicos em geral é importante também esclarecer que isso não é uma confirmação completa, mas apenas um pequeno estudo inicial. O relatório completo será divulgado em agosto e serão necessários mais estudos para confirmar os resultados.
Segundo o professor Ian Hall falando ao British Mountaineering Council (BMC), o estudo teve apenas um tamanho de amostra de três. O estudo não usou o vírus que causa a doença de COVID-19, mas um coronavírus semelhante (coronavírus humano OC43) que também foi inicialmente disseminado para seres humanos a partir de animais. Este vírus foi usado em outros estudos para rastrear como o vírus atual pode se espalhar.
Este estudo é um bom sinal de que escalar em academias de escalada pode (mas não é garantido) ser mais seguro do que se pensava anteriormente. Atualmente, muitas academias de escalada exigem o uso de magnésio líquido devido à possibilidade de que o teor de alcoólico contido no produto possa ajudar a matar o vírus de maneira semelhante à do álcool em gel.
A ABC é a associação que a maioria das academias de escalada no Reino Unido fazem parte para ter representação política e também para estabelecer padrões na escalada indoor. A entidade está trabalhando para ajudar as academias de escalada criando diretrizes de reabertura e consultoria financeira. Eles também trabalharam com o BMC para falar com o governo britânico sobre a reabertura de cronogramas e orientações de saúde e segurança.
A Inglaterra é o país mais afetado da Europa pelo vírus e seu número oficial de mortes está em 45 mil, sendo o terceiro maior do mundo.
Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.