Estudo aponta que escaladores podem desenvolver problemas na cartilagem e articulações dos dedos

Escaladores necessitam se preocupar mais com suas cartilagens. Um estudo apresentado no congresso EFORT, organizado para discutir descobertas e estudos científicos em ortopedia e traumatologia realizado de forma virtual de 30 de junho a 2 de julho, concluiu que os escaladores de alto desempenho podem desenvolver anormalidades na cartilagem e osteófitos nas articulações dos dedos.

Osteófitos são formações ósseas que se desenvolvem na extremidade de um osso, podendo causar sintomas.

Os resultados do estudo foram apresentados no congresso e mostraram um aumento na ocorrência de osteófitos e diminuição na espessura da cartilagem nas articulações interfalangianas distais e proximais de escaladores de alto desempenho em um período de 10 anos.

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Foto: https://localadventurer.com

O estudo, que foi liderado por Torsten Pastor, comparou a evolução das anormalidades da cartilagem e osteófitos nas articulações interfalangianas distais e proximais em 31 escaladores de alto desempenho que participaram de um estudo de linha de base 10 anos antes com um grupo de controle de mesma idade.

Embora os resultados tenham mostrado uma redução significativa na espessura da cartilagem em todos os dedos de todos os escaladores, durante o período de 10 anos, Pastor observou que os escaladores tinham espessura de cartilagem significativamente maior em todas as articulações dos dedos em comparação ao grupo de controle sem escalada.

“Os resultados para a ocorrência de osteófitos mostraram frequências mais altas no dígito III mais longo e, portanto, mais carregado, na investigação inicial de 10 anos atrás”, disse Torsten Pastor. “No acompanhamento de 10 anos, mudanças significativas na ocorrência de osteófitos em escaladores foram principalmente relacionadas ao segundo e terceiro dígitos mais longos, II e IV.”, acrescentou o médico.

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Foto: https://gripped.com/

Torsten Pastor acrescentou ainda que os escaladores tiveram uma frequência relativa significativamente maior de ocorrência de osteófitos, tanto na investigação inicial quanto no acompanhamento de 10 anos, em comparação com controles de mesma idade.

“A análise de regressão logística binária avaliando a associação de osteófitos cumulativos e espessura da cartilagem com dor não mostrou correlação nem para a espessura cumulativa da cartilagem ou osteófitos, nem com mudanças na espessura da cartilagem ou osteófitos nos últimos 10 anos”, concluiu Torsten Pastor.

Para saber mais do estudo: https://www.researchgate.net / https://www.sciencedirect.com

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