Mães e pais que adotam dietas veganas, vegetarias, ou outras à base de verduras, podem colocar em risco a saúde do cérebro da criança. Isso é o que diz o artigo cientifico de Dra. Emma Derbyshire publicado na revista online BMJ Nutrition & Health. BMJ é uma publicação do Reino Unido e é uma das mais influentes e conceituadas publicações sobre medicina no mundo.
A mudança para dietas veganas e vegetarianas para o bem do planeta é louvável, mas corre o risco de piorar a ingestão, a qual já é baixa, de um nutriente essencial na saúde do cérebro, a colina. De acordo com o artigo da Dra. Derbyshire, a maioria das populações europeias, norte-americanas, canadenses e australianas não atendem às recomendações de índices necessários de ingestão de colina.
A colina é um nutriente essencial ao funcionamento do organismo, o qual faz parte do complexo B de vitaminas e que foi reconhecida apenas como nutriente necessário pelo Instituto de Medicina em 1998. Embora o corpo produza certa quantidade de colina (quase todo pelo fígado), os seres humanos necessitam obter maior quantidade do nutriente pela dieta alimentar diária para evitar a deficiência. Devido à falta de evidências científicas disponíveis, a ingestão diária de referência para colina ainda não foi determinada.
As principais fontes de colina na dieta são em carne bovina, ovos, laticínios, peixe e frango. Podem ser encontradas também, mas com níveis muito mais baixos, em nozes, feijões e vegetais crucíferos, como brócolis.
A colina é fundamental para a saúde do cérebro, principalmente durante o desenvolvimento do feto e no crescimento da criança. Ela também influencia a função hepática e o seu déficit de colina é relacionado a irregularidades no metabolismo da gordura no sangue, além de excesso de danos celulares por radicais livres.
“Se a colina não for obtida nos níveis necessários, por si só, das fontes alimentares, serão necessárias estratégias de suplementação, especialmente em relação aos estágios chave do ciclo de vida, como a gravidez, quando a ingestão de colina é essencial para o desenvolvimento infantil”, conclui Dra. Emma Derbyshire, médica responsável pelo artigo.
No artigo a Dra. Derbyshire aponta que a colina é um nutriente crítico e necessário para o neurocognição, metabolismo lipídico, função hepática e regulação da homocisteína. Se a colina não for obtida nos níveis necessários, ou por fontes alimentares, serão necessárias estratégias de suplementação, especialmente em relação aos estágios chave do ciclo de vida, como a gravidez, quando a ingestão de colina é essencial para o desenvolvimento infantil.
Para saber mais sobre o artigo: https://nutrition.bmj.com