Autoridades deram por morto nesta quinta-feira o alpinista espanhol , que participava de uma expedição ao Himalaia com os colegas Juanito Oiarzabal e Carlos Pauner. Calafat teria sofrido um edema cerebral quando estava a 7,5 mil m de altura, segundo publica o jornal El País. Um dos sobreviventes fez críticas ao comportamento da alpinista sul-corenana Oh Eun-Sun, que também estava na montanha.
As equipes de salvamento resgataram os outros dois alpinistas com a ajuda de um helicóptero, mas, devido ao mau tempo, não conseguiram chegar ao local onde estaria o corpo de Calafat. O acidente aconteceu no monte Annapurna.
Oiarzabal criticou a alpinista sul-coreana Oh, que acaba de se tornar a primeira mulher as escalar as 14 maiores montanhas do mundo. Ele disse que encontrou a colega e pediu que sua equipe buscasse Calafat, mas eles teriam se negado. “Podia-se ter feito muito mais se todos tivessem se empenhado mais, especialmente a coreana”, disse o espanhol ao El País.
O alpinista disse ainda que teriam oferecido até 6 mil euros aos sherpas (moradores típicos da região do Himalaia) que acompanhavam a coreana para buscar seu amigo mas eles teriam se negado. “Cada um é livre para fazer o que quiser, mas se perdeu a solidariedade na montanha. Eu teria subido”, disse Oiarzabal, resgatado hoje, muito cansado e com os pés congelados.

Formado em Engenharia Civil e Ciências da Computação, começou a escalar em 2001 e escalou no Brasil, Áustria, EUA, Espanha, Argentina e Chile. Já viajou de mochilão pelo Brasil, EUA, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Eslovênia, Itália, Argentina, Chile, Espanha, Uruguai, Paraguai, Holanda, Alemanha, México e Canadá. Realizou o Caminho de Santiago, percorrendo seus 777 km em 28 dias. Em 2018 foi o único latino-americano a cobrir a estreia da escalada nos Jogos Olímpicos da Juventude e tornou-se o primeiro cronista esportivo sobre escalada do Jornal esportivo Lance! e Rádio Poliesportiva.