Escoteiros da América pedem falência

Os Escoteiros da América (Boy Scouts of America – BSA), um elemento fundamental da tradição norte-americana de educação ao ar livre há mais de um século, entraram com um pedido de falência nesta manhã. De acordo com informações da mídia norte-americana, o pedido é uma resposta às centenas de ações judiciais por abuso sexual que deixaram a organização de 110 anos à beira do colapso.

A BSA (coloquialmente conhecido como Escoteiros) é a maior organização de escoteiros e uma das maiores organizações de jovens dos Estados Unidos, com cerca de 2,3 milhões de jovens participantes e cerca de um milhão de voluntários adultos. Fundada em 1910, especula-se que aproximadamente 110 milhões de norte-americanos participaram de programas da Boy Scouts of America em algum momento de suas vidas.

Além disso, a BSA faz parte do Movimento Escoteiro internacional e se tornou uma organização membro fundadora da Organização Mundial do Movimento Escoteiro em 1922.

Pedido de Falência

Uma mudança no estatuto de limitações de Washington, DC, para certos crimes sexuais, permitiu que advogados procurassem soluções para milhares de ex-escoteiros que alegam ter sido abusados ​​anos atrás por líderes adultos da organização.

O pedido de falência da BSA em Wilmington, no estado norte-americano do Delaware, atrasará a resolução desses casos. O pedido é, portanto, uma estratégia comparável à de mais de 20 dioceses católicas nos EUA que enfrentam acusações semelhantes de abuso sexual de menores. O caso das dioceses foi tema do filme “Spotlight”, de 2015.

Os vários casos de abuso contra a BSA em tribunais estaduais serão interrompidos e transferidos para o tribunal federal de falências para julgamento.

A BSA se recusou a comentar diretamente sobre o pedido de falência, embora uma declaração oficial por meio de nota à imprensa descreva o que a organização está chamando de “pontos críticos”. A declaração afirma que “o escotismo está mais seguro agora do que nunca: aproximadamente 90% das reivindicações de abuso pendentes e reivindicadas contra a BSA estão relacionadas a abusos que ocorreram há mais de 30 anos”.

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